Uma mancha de plástico
Duas vezes maior do que a área continental dos Estados Unidos. É esse o tamanho aproximado de uma mancha de lixo que está à deriva no oceano Pacífico, perto da costa do Havaí e que pode chegar até o Japão. Grande? Agora imagine que há a possibilidade de existir um habitat para seres vivos nesse conglomerado gigante de, principalmente, plástico!
Sim, além do fato de existir um volume que comporta 100 milhões de toneladas de lixo plástico, o oceanógafo David Karl, da Universidade do Havaí, acredita existir um novo habitat marinho na mancha. E não pense que isso pode ser uma boa coisa.
Estima-se que essa mancha gigantesca pode ter causado a morte de cerca de 1 milhão de aves e 100 mil mamíferos. Os pesquisadores dizem que um quinto de todas as 46 mil peças de plástico tenha sido jogado de navios e plataformas petrolíferas. O restante vem da terra.
Karl fará uma expedição até a mancha para descobrir com exatidão o tamanho e a origem do lixo flutuante. Os cientistas americanos só foram descobrir agora essa mancha, pois ela flutua rente à linha das águas, tornando-se invisível para os satélites.
O Programa Ambiental das Nações Unidas afirma que 90% de todo os detritos dos oceanos é composto por plástico. Dentro de animais marinhos mortos, já foram encontrados seringas, isqueiros e escovas.
Além de ser uma preocupação para a terra, por causa de sua demorada decomposição, o plástico também surge como uma ameaça à vida marinha.
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