Cientistas encontram erros que podem ter alterado velocidade de neutrinos
Você se lembra quando cientistas descobriram que os neutrinos, partículas subatômicas sem carga elétrica, eram mais rápidos do que a luz? Pois é. Agora, cinco meses depois, eles encontraram dois erros que podem ter alterado o resultado da pesquisa: um nas engrenagens da cronometragem e outro na conexão de fibra óptica.
O mais intrigante é que os dois problemas apontados pelos pesquisadores tem efeitos opostos na velocidade medida. Um problema no “oscilador”, que serve para fazer os tique-taques de um relógio, pode ter afetado a marcação inicial e final do tempo, além da informação precisa das distâncias. Isso aumentaria o tempo da viagem dos neutrinos e, consequentemente, tornaria menor a sua velocidade. O problema na conexão de fibra óptica entre o sinal de GPS e o relógio principal do experimento, porém, aumentaria a velocidade das partículas.
Então, no fundo, ainda não se tem certeza sobre a velocidade que as partículas atingiram no experimento e a polêmica continua. Só em maio devem ser realizados novos testes que vão determinar como os erros encontrados afetaram a medição da velocidade.
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Se for comprovado que as partículas viajaram em uma velocidade maior que a da luz, um novo problema para a ciência surgiria. Afinal, a velocidade da luz é a base da Teoria da Relatividade de Einstein. Por isso, a equipe responsável pelo experimento realizou e checou as medições por mais de 3 anos, antes de anunciar os resultados no ano passado.