Como curar-se de pesadelos: escreva sobre eles!
Quem tem muitos pesadelos é flexível e criativo, mas tem problemas de organização e de estabelecer uma ordem metódica ao redor de si. Dá para perceber.
Por Karin Hueck – @karinhueck
Vamos fazer uma reportagem de capa sobre sonhos? “Legal”, pensei. “Vou falar sobre meus pesadelos.” Como contei na SUPER de outubro, sempre tive sonhos ruins várias vezes por semana. Eles eram motivo de piada e de preocupação, mas nunca tinha pensado em anotá-los. Percebi que o primeiro passo para escrever essa matéria seria começando com um diário de pesadelos. E lá fui eu. No primeiro dia, sonhei com ondas gigantes me afogando – legal. Logo em seguida, com leões comedores de crianças – bom também, outro pesadelo. No dia seguinte, fui assaltada. No terceiro dia, perdi a chave de casa. No quarto dia, viajava de carro. No quinto, estava em uma festa. No sexto, tomando sol na praia. Opa, para onde estavam indo meus pesadelos?
Pois é, quanto mais eu estudava o assunto, mais inofensivos meus sonhos ficavam. Durante a apuração do texto, fui aprendendo que é muito mais normal ter sonhos ruins do que bons, e que ter pesadelos fazia parte da minha personalidade (que está dentro da normalidade, eu acho). E foi o que bastou: de vez em quando ainda levo um susto ou outro durante os sonhos, mas nunca mais presenciei mortes, seqüestros ou rituais macabros. Agora durmo – quase sempre – em paz.
E você, já conseguiu contornar seus pesadelos? Que tal escrever sobre eles?