Frase da Semana: “Liberdade – essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!”
Cecília Meireles é considerada por muitos uma das maiores poetas da língua portuguesa. Embora tenha escrito sua obra em um período de explosão do Modernismo – o primeiro livro, “Espectros“, saiu quando ela tinha apenas 18 anos em 1919 -, Cecília misturava várias influências em seus versos. A primeira publicação, por exemplo, é bastante ligada ao Simbolismo do século anterior. Já “Romanceiro da Inconfidência“, obra inspirada na Inconfidência Mineira e de onde saiu a nossa Frase da Semana, segue um gênero de poesia popular, tradicionalmente ibérico, conhecido como romanceiro. É também uma das obras principais da autora que, apesar de carioca descendente de açorianos, tinha um espírito que abrangia o Brasil inteiro.
Além da obra poética, que inclui diversos poemas infantis com musicalidade ímpar, Cecília atuou como jonalista, especialmente na área da educação. É dela, aliás, o crédito pela implementação da primeira biblioteca infantil no país, localizada no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro. Com arquitetura e decoração inspirados pelo livro “As Mil e Uma Noites”, o refúgio literário de Cecília durou apenas 4 anos, mas foi um marco do movimento pela alfabetização infantil.
Mas nem tudo era mágico na vida da escritora. Seu marido, um artista plástico, cometeu suicídio em 1935 e a deixou com 3 filhas. Ela se casou novamente, em 1940, com um engenheiro, mas não teve mais filhos. Quando mais velha, na década de 1950, Cecília se lançou em um longa viagem que abrangeu Europa e Ásia, visitando as colônias portuguesas e, pela primeira vez, a terra de seus antepassados: a ilha de São Miguel, nos Açores.
Após sua morte, a escritora foi homenageada com o Prêmio Machado de Assis, teve uma escola batizada com seu nome nos Açores e o Banco Central do Brasil imprimiu notas com sua efígie. Não é pouca coisa, né?
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