Frase da semana: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas só existe”
O escritor Oscar Wilde era um cara polêmico. Apesar de ser casado e ter dois filhos, o irlandês se assumiu gay em plena Era Vitoriana, uma das épocas mais conservadoras para o Reino Unido, e foi levado ao tribunal três vezes por praticar atos imorais e sodomia. Na terceira acusação, Wilde acabou sendo condenado à prisão, onde ficou por dois anos e de onde surgiu a obra “De Profundis”, uma longa carta épica a seu então amante Alfred Douglas.
Para complementar o estilo de vida incomum à época, Wilde era o que chamamos de um dândi: um cara bem arrumado, bem posicionado na sociedade e de alto nível intelectual. Seu guarda-roupa incluía casacos de pele, bengalas e joias bastante chamativas. Combinando com o visual excêntrico e com as polêmicas, a personalidade do autor de “O Retrato de Dorian Gray” não o deixava passar despercebido: Wilde não poupava ninguém de comentários ácidos e irônicos, nem outras celebridades da época, como o também escritor George Bernard Shaw.
Mas, mesmo com esse jeito “diva” de ser, Wilde realmente é um dos grandes autores da literatura mundial. Suas obras, que iam dos contos de fadas aos ensaios políticos, criticavam a sociedade britânica da época e eram repletas de ponderações sobre as mais diversas facetas do ser humano.
Depois de se transformar em persona non grata no Império Britânico, Wilde se exilou na França, onde viveu por um tempo com Douglas. As famílias acabaram separando o casal e Wilde foi sozinho para Paris, onde morreu aos 46 anos vítima de meningite. Robert Ross, jornalista e primeiro amante de Wilde, foi sua única companhia na hora da morte.
Depois de passar por tanto perrengue e ainda assim deixar um super conjunto de obra, podemos garantir: Wilde fez muito mais que apenas existir.
Confira a história de mais de 40 frases famosas da história