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Rumo à criação da vida artificial: conheça três pesquisas importantes

Por Kleyson Barbosa
Atualizado em 19 ago 2024, 13h58 - Publicado em 11 ago 2009, 22h03

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por Gisela Blanco

 

Enquanto você olha para essa
tela, uma célula ou um holograma de um cérebro humano podem estar aprendendo a chamar
um sujeito de jaleco branco de “papai”. Em laboratório ou na tela de um
computador, a ciência está cada vez mais perto de (re)criar a vida. “Existem
duas principais definições para ela: uma diz que o organismo só precisa se
reproduzir, o que inclui os vírus. Na outra, tem que haver também metabolismo,
que são organismos mais complexos”, afirma Rafael Soares, biólogo molecular da
USP. Tentando preencher esses pré-requisitos ou derrubá-los de uma vez por
todas, vários laboratórios do mundo disputam a maratona da criação. Seja para
entender melhor como a vida surgiu na terra, desvendar o funcionamento do nosso
corpo ou para criar organismos independentes, brincar de Deus nunca foi um
negócio tão sério.

Entenda as três principais vertentes de pesquisa

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Biologia sintética: mistura os elementos químicos que
teriam criado a vida espontaneamente na Terra.
Engenharia genética: tenta fabricar novos organismos
com DNA totalmente sintético.

Engenharia-reversa com computadores: simula a vida com
tecnologia, em modelos ultra realistas construídos com os computadores mais
avançados do mundo.

Conheça algumas das pesquisas mais interessantes rumo à criação da vida
artificial

 

Projeto: Biologia sintética

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Quem faz: Cientistas da Universidade de Harvard, EUA

Como funciona: O objetivo é praticamente recriar a origem da vida
em laboratório, com protocélulas construídas a partir da manipulação de
elementos químicos. Para cumprir a missão, os cientistas precisam criar um tipo
de organismo que possa se multiplicar e sobreviver sozinho. 

Quais as chances: A equipe do biólogo molecular Jack Szostak já
chegou bem perto: conseguiu construir células com partes de ácidos nucléicos
que têm o código-fonte para duplicação e que se reproduziram captando energia
de fonte externa (sol ou reações químicas). São células bem simples (que não se
parecem em nada com as nossas), mas o processo só não pode ser chamado de
“vida” porque não é totalmente autônomo. Os cientistas ainda têm que dar uma
mãozinha para que a célula capte energia e se multiplique.

 

Projeto: Synthetic Genomics

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Quem faz: O biólogo J.
Craig Venter
, em sua fundação privada

Como funciona: Com engenharia
genética, a equipe de Verter fabrica e injeta códigos sintéticos em células de
bactérias. A ideia é que os mecanismos celulares sejam capazes de ler a
informação genética artificial e produzir proteínas a partir da “receita”
programada pelos cientistas. Através dessa técnica seria possível criar
bactérias sintéticas capazes de produzir por conta própria combustíveis
alternativos como etanol e hidrogênio com um gasto mínimo de energia.

Quais as chances: Craig Venter tem um histórico de sucesso: em 1995, a equipe dele foi a
primeira a decifrar o código genético de uma bactéria, com quase 2 milhões de
nucleotídeos. Ele também já conseguiu injetar o DNA sintético de um vírus em
uma célula de bactéria, que leu as informações e produziu as proteínas codificadas
na fórmula. Esse ano, Venter anunciou que, em breve, espera fazer o mesmo
experimento com cromossomos sintéticos. “O que ele fez até agora foi apenas
copiar um genoma de um organismo que já existia. Criar todo um código genético
seria muito difícil. Teríamos que conhecer muito bem todas as funções de todas
as sequencias do DNA, e isso ainda está muito distante”, diz Rafael Soares,
biólogo molecular da USP.

Projeto: Blue Brain Project (Projeto Cérebro Azul)

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Quem faz: Projeto internacional iniciado em 2005 na Escola
Politécnica Federal de Lausanne. Comandado pelo neurocientista Henry Markram e financiado com verbas
do governo da Suíça e doações de pessoas físicas.

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Como funciona: Computadores tentam reproduzir em detalhes o cérebro
de mamíferos e simular sua atividade em 3D, na chamada engenharia reversa. A
pesquisa conta com mais de 10 mil processadores e softwares equipados com um
catálogo de milhares de neurônios. A simulação ajudaria a encontrar curas e
tratamentos para doenças mentais e diminuiria a necessidade de pesquisas com
animais. 

Quais as chances: Até agora,
Henry Markram já conseguiu simular
metade do neocortex (região mais evoluída do cérebro) de um rato. Mas suas
ambições são altas: promete que em apenas 10 anos, conseguirá emular um cérebro
humano. Além de fazê-lo funcionar no computador, o cientista garante ainda que
o cérebro artificial será capaz de criar sua própria consciência. “Tenho um pé
atrás em relação a afirmações desse tipo. Não basta construir 100 bilhões de
neurônios. O sistema cerebral é complexo demais e, apesar de todos os nossos
conhecimentos, ainda sabemos muito pouco sobre o que exatamente é a
consciência. Nossos modelos, por mais sofisticados que sejam, são
representações muito mais simples do que neurônios reais”, afirma o
engenheiro
eletrônico Márcio Lobo Netto, professor das disciplinas de vida artificial e
ciência cognitiva da Escola Politécnica da USP.

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