7 moedas bizarras da antiguidade
Muito antes da implementação das cédulas de papel e das moedas que conhecemos hoje, comprar um simples pãozinho podia ser uma dor de cabeça. As primeiras e rudimentares versões de moedas começaram a surgir na China, por volta do ano 1.000 a.C., mas só começaram a ganhar força 500 anos depois. Já esse dinheirinho de papel na sua carteira – que nos anos 800 já começava a ser usado na China – só ganhou força na Europa depois do século 19. E o cartão de crédito? Este, colega, só apareceu na década de 1920. Entre moedas comestíveis, animais e pedras difíceis de carregar por aí, conheça 7 moedas bizarras da antiguidade:
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1. Gado e grãos
Valia de tudo: entre 9.000 e 6.000 a.C., vacas, ovelhas, camelos e outros animais serviam como moeda de troca para as transações da antiguidade. Com o avanço da agricultura, grãos também passaram a servir como padrão para trocas – bem mais fácil de guardar no bolso!
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2. Facas e espadas
Quando o dinheiro era escasso, tropas chinesas tinham permissão para usar facas e armas como pagamento. A medida emergencial acabou se popularizando e, entre os anos 600 e 200 a.C., os metais afiados viraram moeda padrão de troca.
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3. Cauris (ou búzios)
Cauris (conchas também conhecidas como búzios) começaram a ser usadas como moeda por volta do século 11 a.C e, até o século 19, continuavam sendo empregadas em transações em algumas regiões da África. A abundância do molusco gastrópode na região ajuda a explicar porque a concha acabou sendo usada por um longo período da história.
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4. Couro
Novamente os chineses: foi durante a Dinastia Han, em 118 a.C, que se teve a ideia de criar a bisavó das notas de papel que usamos hoje. Para se livrarem do peso e inconveniência de usar grandes quantidades de moedas de cobre para transações, foram confeccionadas grandes peças de couro que representavam as quantias trocadas.
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5. Sal
Moedinhas de chocolate não foram a única forma de “dinheiro” comestível usado pelo homem. Do Império Romano à Idade Média, o sal chegou a ser usado como moeda corrente e ditava padrão para trocas e transações comerciais. Não por acaso, a palavra “salário” deriva do latim salarium, “pagamento em sal”.
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6. Katanga
Para comprar 10 kg de farinha ou meia dúzia de galinhas bastava entregar ao comerciante Katanga. As cruzes, também conhecidas como “handa”, foram usadas como moeda de troca na República Democrática do Congo durante os séculos 19 e 20, mas não eram lá muito práticas: as katangas costumavam ser confeccionadas em cobre, tinham cerca de 20 centímetros de diâmetro e chegavam a pesar 1 kg. Fazer a compra do mês certamente não era tarefa para os fracos.
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7. Pedras Rai
A ilha de Yap, localizada nos Estados Federados da Micronésia, é conhecida por adotar, como uma forma de câmbio em transações especiais, uma moeda de dimensões pra lá de avantajadas. As pedras rai são discos circulares com mais de 3 metros de diâmetro, caracterizadas por um furo em seu centro. Há mais de 2 mil anos estas gigantes são populares na ilha e seu valor é determinado não apenas por seu formato, mas também por sua história – se for mais antiga ou se seu transporte envolver um bom “causo”, por exemplo, a rai possui maior valor agregado. Os objetos, que têm ares sagrados, são usados apenas em trocas importantes, como casamentos, heranças e acordos políticos. E uma curiosidade: para transferir a “titularidade” da importante pedra não é preciso movê-la: segundo a tradição, o importante é que sua propriedade seja reconhecida. Ufa.