Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

As 11 descobertas recentes mais importantes da astronomia

Por Carolina Vilaverde
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 24 ago 2012, 17h22

No início de agosto de 2012, a Sonda Curiosity da NASA pousou em Marte após uma viagem de oito meses. E a agência espacial já anunciou que pretende mandar mais uma sonda para explorar o planeta vermelho em 2016. O pouso da sonda foi um grande passo para a história da astronomia e da humanidade, mas não foi o único fato importante na história recente da ciência. Veja outras 11 descobertas incríveis:

11. Descoberta: Sol é o objeto natural mais redondo do Universo

Uma pesquisa publicada na revista Science em 2012 mostrou que a variação na forma do Sol é bem menor do que os cientistas supunham. Eles analisaram imagens obtidas pelo Solar Dynamics Observatory da Nasa e concluíram que o Sol é o objeto natural mais redondo conhecido.

A descoberta quebrou uma crença antiga de que a forma do Sol mudava de acordo com os ciclos solares. Isso está ajudando os pesquisadores a entender melhor o comportamento do Sol e a sua dinâmica com os planetas.

10. Descoberta: Mais uma Lua orbitando Plutão

hst_pluto_moon4

O planeta anão agora tem quatro luas conhecidas: Hydra, Nix, Charon e P4. A maior delas é Charon, que foi descoberta em 1978. Somente em 2005, o Telescópio Espacial Hubble descobriu Nix e Hydra. Mas, a mais surpreendente descoberta ocorreu em 2011, quando o telescópio fotografou o que está sendo chamado temporariamente de P4: uma lua com um diâmetro de até 34km.

Foi uma tremenda façanha para o Hubble. Afinal, ele conseguiu capturar uma imagem de algo muito pequeno, em uma distância de cerca de 4,8 bilhões de quilômetros da Terra. Não é pouca coisa. E a descoberta também ajudou a levantar a moral de Plutão, que andava baixa desde que ele foi rebaixado a planeta anão em 2006.

9. Descoberta: Enormes bolhas magnéticas no espaço

As duas sondas espaciais Voyager da Nasa encontraram bolhas magnéticas na região do Sistema Solar conhecida como Heliosheath, que fica a cerca de 14,5 bilhões de quilômetros da Terra.

Continua após a publicidade

Nos anos 1950, os cientistas acreditavam que essa região do espaço era relativamente calma. Porém, quando a Voyager 1 e a Voyager 2 entraram na Heliosheath, respectivamente em 2007 e  2008, elas detectaram uma turbulência gerada pelo campo magnético do Sol. Esse campo seria o responsável por criar as bolhas magnéticas de até cerca de 161 milhões de quilômetros de largura.

8. Descoberta: Estrelas também podem ter caudas

mira-a-cauda-nasa1

Em 2007, o telescópio espacial GALEX (Galaxy Evolution Explorer) escaneou a Mira A, uma estrela gigante vermelha, como parte de uma operação para escanear todo o céu em luz ultravioleta.

A surpresa veio quando os astronômos identificaram uma cauda como a de um cometa formando um rastro da Mira A. E isso porque a estrela está se movendo pelo Universo em uma velocidade impressionante, cerca de 468.319 km/h. Até então, se pensava que estrelas não podiam ter caudas.

7. Descoberta: Água na Lua

O satélite da Nasa LCROSS (Lunar Crater Observing and Sensing Satellite) foi desenvolvido para se fixar na Lua e colher informações. Para completar a missão, outro satélite menor o acompanhava para medir a constituição química dos materiais colhidos pela sonda maior. Em outubro de 2009, o LCROSS encontrou pequenas moléculas de água em uma cratera fria e permanentemente escura do pólo sul da Lua.

Continua após a publicidade

Depois de um ano de análises, a Agência Espacial Americana confirmou que a missão realmente havia encontrado água congelada no chão da cratera. Depois, 3 naves espaciais diferentes enviaram dados que indicam que algumas áreas do solo da Lua são revestidas por uma fina película de água. Não é preciso explicar por que isso é um baita avanço, né?

6. Descoberta: Eris, mais um planeta anão

Em janeiro de 2005, cientistas descobriram Eris, que fica localizado além da órbita de Plutão e tem aproximadamente o mesmo tamanho que esse planeta anão. Também foi descoberto que Eris tem sua própria lua, chamada de Dysnomia. Os dois são os objetos naturais mais distantes conhecidos no Sistema Solar.

A descoberta de Eris lançou o debate entre os cientistas sobre a definição do que realmente podia ser chamado de planeta: inicialmente, ele foi cotado para ser o 10º planeta do Sistema Solar. Mas acabou na lista dos planetas anões, assim como Plutão.

5. Descoberta: Evidências de água em Marte

agua-marte-nasa

Em 2011, a Agência Espacial Americana divulgou uma sequência de fotos e uma declaração dizendo que tinha evidências de que pode existir água corrente em Marte. Nas fotos era possível ver o que parece ser um líquido escorrendo pela paisagem rochosa do planeta e marcas desse fluxo nas rochas. Os cientistas acreditam que as marcas do fluxo sejam formadas por água salgada, que se aquece durante os meses de verão do planeta apenas o suficiente para derreter e “saltar” pela superfície.

Sinais de que Marte teria água corrente já tinham sido vistos antes, mas essa foi a primeira vez que essas marcas puderam ser observadas durante um curto período de tempo.

4. Descoberta: Uma das luas de Saturno exala vapor de água

enceladus-nasa

Continua após a publicidade

Em julho de 2004, a sonda Cassini começou a orbitar Saturno. Por causa das missões anteriores do Voyager, uma das prioridades da missão de Cassini era investigar a 6ª maior lua do planeta, chamada de Enceladus. Depois de diversos voos em 2005, foram descobertos vapor de água e complexos hidrocarbonetos exalando de uma região geologicamente ativa da lua.

A descoberta empolgou tanto os cientistas da Nasa que, em maio de 2011, eles afirmaram que a Enceladus “está emergindo como o local mais habitável além da Terra no Sistema Solar para a vida como conhecemos”.

3. Descoberta: “Fluxo escuro”

Descoberto em 2008, o “fluxo escuro”, como está sendo chamado pelos astrônomos, é mais um mistério do que uma resposta. Pedaços de matéria no universo parecem estar se movendo em altas velocidades e em uma direção uniforme que não pode ser explicada por nenhuma das forças gravitacionais conhecidas.

Alguns cientistas estão dizendo que o “fluxo escuro” pode ser causado por outro universo pressionando o nosso. Já outros nem acreditam na existência do fluxo. O fato é que ainda não dá pra dizer qual a real importância dessa descoberta, mas é bom ficar de olho.

2. Descoberta: Planetas fora do Sistema Solar

Os primeiros planetas localizados fora do Sistema Solar foram descobertos em 1992. Vinte anos depois, em fevereiro de 2012, a missão Kepler da Nasa identificou mais 2.321 candidatos a novos planetas fora de nosso sistema.

Continua após a publicidade

Em maio de 2012, a lista desses planetas já acumulava 770 confirmados. Essa conta inclui 614 planetas em sistemas planetários e mais 104 planetas em sistemas planetários múltiplos. E, embora os números sejam baixos, isso só mostra que estamos avançando no conhecimento do Universo.

1. Descoberta: Primeiro planeta em zona habitável

kepler-22b-nasa

Em dezembro de 2011, a Agência Espacial Americana confirmou a descoberta do primeiro planeta localizado na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol. O planeta está sendo chamado de Kepler-22b e tem cerca de 2,5 vezes o tamanho do raio da Terra. Cientistas estão incertos quanto à composição do planeta, mas a descoberta foi um passo a mais na busca por um planeta gêmeo da Terra.

Leia também:
Você sabe tudo sobre Marte?
Você entende de astronomia?

Imagens: NASA/Reprodução

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.