Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90
Imagem Blog

Supernovas

Por redação Super Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog não é mais atualizado. Mas fique à vontade para ler o conteúdo por aqui!

A incrível importância do pum

Estudo revolucionário mostra como os gases no seu intestino afetam sua saúde física e mental

Por Fabio Marton
Atualizado em 4 set 2024, 11h22 - Publicado em 28 jul 2016, 22h47

Serião: cientistas da Universidade Estatal de Moscou acabam de publicar um extenso estudo, quiçá o mais completo já feito sobre o tema, sobre o que os puns fazem por você. E, provando que é mito que os russos não tenham senso de humor, o título do comunicado à imprensa é: “O peido misterioso”.

O que está em questão não é o que os gases fazem ao sair sonoramente do organismo – isso provavelmente é assunto para cientistas sociais, não bioquímicos. Os cientistas russos estudaram o efeito sistêmico que as substâncias no pum causam sobre células do corpo. Isso porque, explicam, a maioria das moléculas é absorvida pela corrente sanguínea e acaba expelida pelos pulmões (faça o que quiser com essa informação).

A essas moléculas, eles chamaram de “gasotransmissores” – e elas podem causar desde depressão a ataques epiléticos. “Nosso cérebro usa gases como sulfeto de hidrogênio, amônia e mesmo monóxido de carbono para transmitir informações entre as células”, afirma Alexander Oleskin, condutor do estudo. “Bactérias que habitam nosso corpo também formam gasotransmissores que afetam nosso cérebro, mente e comportamento.”

Uma bufa, cortesmente somos informados pelos cientistas, contém principalmente nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, metano, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio. Uma pessoa produz até 1400 ml de gases no intestino por dia. A única coisa com cheiro é o sulfeto de hidrogênio, que é uma fração ínfima do conteúdo (0,00028%), contra até 50% de hidrogênio e 10% de metano – ambos altamente inflamáveis, que os torna responsáveis por muitos vídeos memoráveis e de muito bom gosto na internet.

Em menores quantidades está o óxido nitroso (NO), o famoso nitro dos carros tunados. Ele é produzido em parte pelas próprias células do organismo, e atua no sistema imunológico, cardiovascular e como um neurotransmissor, com funções relacionadas ao aprendizado. Num estudo em ratos, a deficiência desse composto causou hiperatividade motora e sexual e depressão de longo prazo (quem sabe pela falta de uma fonte certeira de risadas).

Continua após a publicidade

O fedorento sulfeto de hidrogênio (H2S), se em quantidade insuficiente, está relacionado a desordens psiquiátricas e epilepsia. Portanto, fique alerta se o seu pum não tem cheiro – pode ser sintoma de um sério problema neurológico. Curiosamente, em pacientes com Síndrome de Down, ele é produzido em quantidade extra.

Por fim, a amônia (NH3), outra substância em concentrações ínfimas, pode causar inflamação no cérebro se em concentrações excessivas.

O professor Oleskin explica a importância do achado. “Possivelmente, nossas descobertas serão implementadas na prática médica e psiquiátrica. Elas servirão para o tratamento e prevenção de doenças neuropsiquiátricas (incluindo depressão, agressividade e outras), usando gasotransmissores microbiais. Me parece plausível, por exemplo, que tentar normalizar o conteúdo de amônia com a ajuda de bactérias introduzidas no corpo seja um possível tratamento futuro.”

Quem vai duvidar? Oleskin acaba de provar que peido é saúde.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.