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Nova espécie de ave do terror traz revelações surpreendentes

Por Fabio Marton [Crédito: H.Santiago Druetta/Divulgação] Diga olá ao Llallawavis scagliai, a mais recente ave do terror descoberta e o fóssil mais perfeitamente preservado da família.  Apresentada por um grupo de paleontólogos argentinos no Journal of Vertebrate Paleonthology, o nome homenageia o naturalista argentino Galileo Juan Scaglia, avô de um dos seus descobridores. Aves do […]

Por Redação Super
Atualizado em 4 set 2024, 09h11 - Publicado em 14 abr 2015, 23h02

Por Fabio Marton

passarinho-capeta
[Crédito: H.Santiago Druetta/Divulgação]

Diga olá ao Llallawavis scagliai, a mais recente ave do terror descoberta e o fóssil mais perfeitamente preservado da família.  Apresentada por um grupo de paleontólogos argentinos no Journal of Vertebrate Paleonthology, o nome homenageia o naturalista argentino Galileo Juan Scaglia, avô de um dos seus descobridores.

Aves do terror é o nome dos pássaros da família Phorusrhacidae. Eles surgiram cerca há 60 milhões de anos, 4 milhões após à grande extinção dos dinossauros. Foi um jeito que a natureza encontrou de matar a saudade dos dinos. Até 1,8 milhão de anos atrás, as aves do terror ocupavam o topo da cadeia alimentar da América do Sul, destroçando mamíferos pré-históricos onde hoje fica o jardim da sua casa.

O Llallawavis scagliai, com 1,2 metro de altura e 18 kg, está longe de ser uma das maiores aves do terror – o Kelenken guillermoi podia chegar a três metros, e o Titanis walleri, dois e meio. Mesmo que a nova espécie fosse mais ameaçadora para seu gato que você, o fóssil perfeitamente preservado permitiu aos cientistas argentinos entenderem algumas características surpreendentes e até então desconhecidas sobre essas aves.

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Um osso ligava o crânio ao bico, dando um reforço para que fosse usado de cima para baixo, como um machado, perfurando crânios e corpos de suas vítimas. A estrutura do canal auditivo e a traqueia também estavam intactas. Os cientistas descobriram que a ave ouvia em frequências mais baixas que as atuais – o que os fez propor que podia seguir as vítimas ouvindo seus passos e teria uma voz extremamente grave com o que talvez se comunicassem.

O Llallawavis viveu há 3,5 milhões de anos. “A descoberta dessa espécie revela que as aves do terror eram mais diversas no Plioceno do que antes se pensava. Isso irá nos permitir revisar a hipótese sobre o declínio desse fascinante grupo das aves”, afirma Federico Degrange, da Universidade Nacional de Córdoba, líder do estudo. A hipótese mais aceita é que não sobreviveram à concorrência com grandes carnívoros vindos da América do Norte, como lobos, onças e tigres dentes de sabre.

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