Aguardado desde seu anúncio em maio de 2006 (ainda como Final Fantasy Versus XIII), o incrível jogo da Square Enix veio cercado de expectativas. Ele prometia uma nova engine e a possibilidade de jogar com todos os quatros personagens principais da história, deixando o público ansioso pelo seu lançamento.
No entanto, o time da desenvolvedora teve de remodelar boa parte do jogo ao se deparar com a capacidade dos consoles de nova geração, atrasando o lançamento. Mesmo com novos obstáculos, a equipe enfim terminou Final Fantasy XV após 10 longos anos. E afinal, qual é o saldo? Podemos dizer que o resultado final foi surpreendente e quase inteiro ótimo. Confira abaixo o porquê.
1) A história é muito boa
A história é incrível do começo ao fim e bastante desafiante. Seu personagem precisa mostrar ter as árduas habilidades destinadas ao governante do trono, tais como liderança, coragem, lealdade, sabedoria e poder. Essas características são demonstradas pelo jogador por meio de diferentes escolhas a serem tomadas ao longo do jogo.
No entanto, a que mais se destaca é a amizade. Noctis, o protagonista, é jovem e não tem a mínima noção sobre o quão importantes são suas decisões. Por isso, ele precisa da ajuda dos amigos sábios que estão ao seu lado: Gladiolus, Prompto e Ignis, que farão da guerra pelo trono uma viagem inesquecível.
Mas é claro que há falhas. No meio do jogo, por exemplo, uma personagem coadjuvante ganha extrema importância, virando um summon, e nunca é explicado o porquê de ser ela a escolhida ou de ela aparecer nesse momento específico. Além disso, algumas cidades poderiam ser mais exploradas e acabam deixando um gostinho de “quero mais”.
A confusão se agrava no desfecho da história, que não deixa claro o verdadeiro destino de Noctis e seus amigos.
2) Os recursos para evoluir seu personagem
O método para evoluir seu personagem é o clássico: experiência ganha em missões e batalhas. Porém há uma novidade bem interessante: a comida. Em postos avançados, é possível consumir alimentos que aumentam seus atributos por um período específico de tempo, como vitalidade, espírito, magia e outros recursos. Dá para diminuí-los também: por exemplo, há casos em que a ingestão de um bolo pode diminuir sua força a zero.
Quando você acampa, pode usar ingredientes que recolheu para montar pratos específicos e melhorar (temporariamente) seu personagem. Além disso, o acampamento também serve para salvar a EXP ganha no dia. Pela manhã, é possível realizar algumas missões secundárias ajudando seus amigos com tarefas diárias, tal como cozinhar ou colher flores.
3) O carro Regalia é animal
Algo bastante interessante de fazer no jogo é se locomover com o carro da realeza apelidado de Regalia. Você pode ir a qualquer estrada do jogo (só não se não esqueça de abastecer o tanque). Mas calma, ainda é possível andar de Chocobo por terrenos acidentados, o que facilita no transporte fora das rodovias.
Após a conclusão da história principal, o jogador ainda consegue transformar o simples automóvel em um jato e literalmente voar pelos céus de Eos. E, caso se aventurar pelas estradas do mapa não for tão prático, há a opção de viagem rápida para postos avançados, que custa 10 gils, a moeda do jogo. Todos esses meios geram pontos de aptidão, algo muito importante na evolução dos personagens.
4) Diálogos bacanas
Os eventos proporcionados mostram diálogos bem elaborados que demoram a se tornar repetitivos, aproximando ainda mais o jogador dos personagens. A forte presença dos cidadãos de Eos em caçadas e missões paralelas intensifica o contato com a região, fazendo você esquecer que o protagonista é da realeza ao enfrentar problemas cotidianos.
Em comparação com alguns RPGs por aí, cujo diálogo dos NPCs só existe para encher espaço, é um belo avanço. Ah, e o game tem legendas em português, mas não dublagem (bem que poderia!).
5) Armas para todos os gostos
Para lutar, o jogador dispõe de uma grande variedade de recursos, com inúmeras classes de espadas, cada uma designada conforme as habilidades de seus aliados. O Príncipe Noctis possui mais opções, já que todas estão disponíveis e ainda existe uma classe extra, de armas da realeza, que são conseguidas por meio de missões e sepulcros reais escondidos pelo mapa.
E há a opção de magia. O jogador pode criar diversos feitiços com qualquer elemento encontrado no jogo, misturando escamas de dragões com fogo, por exemplo. Em meio a algumas batalhas, após estar um pouco avançado na campanha, é possível invocar especiais que causam danos desastrosos no inimigo.
E para completar, ainda é possível realizar golpes com a ajuda de aliados, desfrutando do trabalho em equipe, variando entre ataque, defesa e recuperação de vitalidade – só é preciso mantê-los vivos. Com o vasto campo de poções, isso nem é tão difícil. Elas são tão diversificadas que há até uma especifica para caso do personagem se tornar um sapo.
Mesmo com todas essas opções disponíveis, o jogo não fica fácil demais e nem repetitivo. Há calabouços e caçadas em que o inimigo se mostra desafiador, além de missões paralelas e novos tesouros a descobrir que tornam Final Fantasy mais atrativo. E, se tudo isso não for o suficiente, não se preocupe, você ainda pode explorar as habilidades únicas de cada personagem, como pesca, sobrevivência, culinária e fotografia.
Em conclusão, FFXV é impressionante, exigindo várias horas em frente à telinha para poder obter 100% da campanha completa. Você vai ter um longo tempo de aventura no mapa gigante de jogo. Recomendamos!