A essa altura, você com certeza já deve ter ouvido falar de Narcos, a série original do Netflix que conta a história do traficante Pablo Escobar e do cartel que ele montou na Colômbia, que chegou a empregar 750 mil pessoas. Sucesso de público e crítica, a série acabou de ter sua segunda temporada confirmada.
Ainda não assistiu e está em dúvida se deve começar ou não? Nada tema: reunimos aqui 5 motivos para te convencer a entrar na onda.
1) O contexto é um pote de ouro
Anos 80, Guerra Fria e ascensão do tráfico internacional de drogas mundial. Quer contexto histórico melhor que esse para desenvolver uma trama em diversos capítulos? Sim, os criadores Chris Brancato e Paul Eckstein têm um pote de ouro em suas mãos. Isso sem falar dos aspectos biográficos da história. A série retrata toda a ascensão de Escobar e os conflitos de políticas internas e externas entre Colômbia e EUA. Também explora todo o hype das drogas no período entre as décadas de 1970 e 1980.
2) Wagner Moura em seu auge
Após estrear em Hollywood com Elysium, Wagner Moura entra no mercado das séries com Narcos. O Netflix, que tem crescido bastante no mercado latino, viu na série uma grande oportunidade de angariar público e reuniu Moura, que é uma das maiores estrelas do cinema sul-americano, com seu parceiro José Padilha (produtor executivo e diretor da série), outro nome forte da produção brasileira e que já tem um pé no mercado norte-americano (dirigiu Robocop).
Na pele de Escobar, o baiano Moura se transforma e confirma seu talento para interpretar anti-heróis. O personagem é carismático, ambicioso e sutil, sem nunca perder o ar de perigo. Moura, que se mudou para a Colômbia para aprender espanhol e estudar o personagem, convence. Um momento marcante é aquele em que Pablo aparece segurando a espada do general Simón Bolívar.
3) Tropa de Elite ganha proporções globais
É impossível deixar de lado as comparações entre Narcos e a franquia brasileira Tropa de Elite, que teve dois filmes dirigidos por Padilha e estrelados por Moura em 2007 e 2010. O cenário não mudou muito: tráfico de drogas, corrupção na polícia e na política, violência e um antagonista marcante.
E as comparações só vêm pra somar. Agora na Colômbia, a dupla Padilha e Moura deixa a série marcada com um “jeitinho brasileiro” e alavanca mais ainda as duras críticas ao sistema corrupto e ao frenesi no consumo e comércio de drogas na América Latina. Do Rio de Janeiro para o mundo, o assunto é muito bem abordado pela dupla tupiniquim e por todo o grande elenco.
4) É comercial e funciona
O Netflix investiu em uma série que é claramente comercial. O marketing pesado e o tema são prova disso. No entanto, com a “Era de Ouro” nas séries, temos visto muitas produções comerciais de qualidade e Narcos é uma delas. Não deve nada a Demolidor, por exemplo.
Apesar de os narradores de fundo (notou outra semelhança com Tropa de Elite?) serem de necessidade questionável, o agente de DEA que relata a sucessão dos fatos desde o primeiro episódio é de grande ajuda para situar o espectador quanto ao contexto histórico dos acontecimentos.
Além disso, o teor sexual, que poderia ser apelativo, acaba se encaixando bem, com a presença de prostitutas informantes, por exemplo. A história também conta com um ritmo acelerado que deixa tudo mais dinâmico e serve muito bem aos momentos de ação.
5) É sucesso de crítica e público
A primeira temporada está disponível integralmente no Netflix e a segunda acabou de ser confirmada. Em sua primeira semana de lançamento, a série recebeu uma avalanche de críticas positivas, dentro e fora dos EUA, de veículos como New York Post, Variety, Wall Street Journal, The A.V. Club, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. O público também aprovou: no Metacritic, o seriado tem a ótima avaliação de 9.1 pelos usuários.
Narcos veio para ficar e deve estabelecer-se como um dos carros-chefe para o mercado latino da empresa de streaming. Uma das grandes estreias do ano.