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Dica TdF – Horror em Amityville, o livro que deu origem ao filme

Por turma-do-fundao
Atualizado em 4 jul 2018, 20h35 - Publicado em 14 abr 2014, 13h55

marcelly-nascimento

horror_em_amityville

Divulgação

Muita gente não sabe, mas Horror em Amityville, além de ser um filme de sucesso com sete sequências (e um remake em 2005 com suas próprias continuações) é, antes de tudo, uma obra literária. Escrita pelo autor norte-americano Jan Anson e lançada em 1977, ela traz uma história fantástica. O livro foi publicado no Brasil em 1983 pela editora Círculo do Livro, mas a versão nacional está atualmente fora de catálogo.

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Antes de ler o livro, tudo o que eu sabia sobre esses estranhos fenômenos ocorridos há tanto tempo eram boatos, uma vez que sequer havia assistido ao filme. Após a leitura, a coisa mudou de figura: além de conhecer a história a fundo, você sente que a está vivendo.

A trama narra o pesadelo já bastante conhecido vivido pela família Lutz, mas o faz de forma tão interessante que, mesmo já tendo uma noção do caso, você não conseguirá abandoná-lo. O cenário? Ocean Avenue, 112, uma casa misteriosa nos subúrbios da cidade de Long Island. São exatos 28 dias tentando não fugir correndo – até que, no último, é exatamente o que fazem.

Os fatos narrados no livro são tidos como reais e, certamente, pensar nessa possibilidade já acrescenta certo grau de terror à leitura. Jay Anson escreveu sua obra de acordo com os depoimentos de todos os envolvidos e pesquisou exaustivamente sobre os antecedentes do lugar.

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Agora vamos à história: o ano é 1975 e os Lutz são uma típica família norte-americana da época. Kathleen e George procuram por uma casa para mudar-se com seus três filhos e então encontram o número 122 da Ocean Avenue a um preço baixíssimo. Pouco lhes importa o histórico do imóvel – onde Ronald DeFeo assassinou toda sua família alguns anos antes alegando ter sido persuadido por uma voz.

Os Lutz logo mudam-se para a casa. Sua única precaução é pedir para que um padre benza o local. O Padre Mancuso é um dos primeiros a notar que há algo estranho com aquela casa – talvez a voz que ele ouve ordenando que todos abandonem o imóvel seja uma pista. Além de ter uma sensação horrível sempre que passa pela porta.

Aos poucos, as coisas ficam mais estranhas ainda: a primeira mudança é no humor da família, especialmente de George, que se torna mais violento e agressivo. Kathy percebe que o marido deixa o trabalho de lado, não faz mais a barba, não corta o cabelo e reclama o tempo inteiro da temperatura da casa. A própria Kathy está mais irritadiça com o marido e os filhos, que parecem ter se tornado crianças desobedientes de uma hora para a outra.

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Todos escutam, sentem e veem coisas que aparentemente não existem, como odores, ruídos e objetos que se movem sozinhos. Portas e janelas são avariadas e Kathy passa, inclusive, a levitar na cama durante a noite.

Além disso, a pequena Missy tem um amigo imaginário – Jodie, que é na verdade um porco e certamente um dos personagens que mais me assusta na obra. Infelizmente, ele não aparece nos filmes, mas você tem de conhecê-lo, então leia. Um dos momentos mais aterrorizantes do livro o envolve. Se eu – ou você – desenvolver alguma espécie de fobia a porcos, bem, devemos culpar este livro.

Há muitas controvérsias a respeito da veracidade do que ocorreu com a família Lutz na Ocean Avenue. Particularmente, acho que isso não importa tanto a partir do momento em que a sugestão de que tudo aquilo de fato aconteceu já estiver plantada em sua cabeça. Assim como nunca foi provado que é real, nunca foi provado que é uma farsa. Apenas para acrescentar uma dose de terror, pense que aconteceu sim. A leitura fica mais divertida e suas tentativas de dormir, mais apavorantes. Quando menos esperar, já estará vendo Jodie na janela de seu quarto.

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Várias vezes, enquanto lia em meu quarto de madrugada, eu tinha de me lembrar que aquilo não era real. Certo, talvez eu seja um pouco medrosa quando o assunto é esse, mas, se você me disser que leu todas as passagens do livro durante a madrugada sem sentir um único arrepio, eu não vou acreditar. Essa capacidade de submergi-lo em suas páginas faz deste um dos melhores livros que já li. Você sentirá medo, angústia, raiva, apreensão e, por um momento, se esquecerá de que não é mais um personagem, como os integrantes da família Lutz.

nota5

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