O jogador acorda sozinho no deserto, cercado pelo que parecem ser túmulos, e logo pensa: “Caramba! O que é que eu tô fazendo aqui nessa areia, sem água, sem comida, no meio do nada?”.
Journey começa assim mesmo, sem pé nem cabeça, e só aos poucos vai tomando forma. Antes de tudo, ele é um jogo espiritual. É uma jornada de um personagem à procura de uma luz no topo de uma montanha, o que aparenta ser a sua paz interior.
O jogo é exclusivo para PlayStation 3 e está disponível para compra na PlayStationNetwork. Há também um demo gratuito para baixar. Nas lojas, vende-se a versão de colecionador, que permite fazer o download da trilha sonora e outros temas do jogo, além de incluir outros dois jogos premiados da produtora Thatgamecompany: flOw e Flower.
Journey não tem falas e nem palavras, e o protagonista não tem nome (o que induz o jogador a tomar para si a identidade do andarilho e fazer sua a jornada dele). Os únicos sons que o avatar faz são assobios, usados para ativar as coisas que vão aparecendo, como luzes e pedaços de pano encontrados por aí.
Uma coisa interessante é que, se você estiver conectado à PSN e algum outro jogador aleatório se juntar a você, o ID não aparece, e ninguém nunca vai conseguir saber o nome do outro, nem poder adicionar como amigo aquele sujeito com quem viveu essa jornada.
O jogo é uma coisa linda. Os cenários são perfeitos e a trilha sonora é digna de filme. Em uma das cenas mais incríveis, o protagonista desce toda uma duna de areia enorme deslizando em uma cidade abandonada, com um pôr-do-sol em suas costas e uma bela música de fundo. Em outra cena, o jogador se encontra em uma montanha congelada, lutando contra o frio e o vento, que querem derrubá-lo em um abismo.
O final é surpreendente, mas, como em qualquer boa jornada, não importa o quão bela seja a vista do topo da montanha, a melhor parte sempre vai ser a escalada.