O Fantasma de Canterville, originalmente, publicado em 1887, é uma obra engraçada e misteriosa assinada por Oscar Wilde. O livro foi relançado há pouco tempo pela editora Leya na coleção Eternamente Clássicos Barba Negra (104 pgs., R$ 19,90), e vale a pena dar uma conferida.
A história começa quando o diplomata americano Sr. Hiran B. Otis se muda com a família para a Reserva de Caça de Canterville, apesar de rumores de que a casa seria mal-assombrada. Logo ao chegar na casa, a família já se depara com uma grotesca mancha de sangue no chão que reaparece mesmo depois de ser removida e que muda de cor com o passar do tempo.
A situação foge das expectativas quando o fantasma faz sua primeira aparição. Em vez de se assustar, o Sr. Otis oferece a ele um lubrificante para sua corrente, já que o barulho estava atrapalhando seu sono. Não sendo a reação que o fantasma esperava, ele joga o pote de lubrificante longe e se sente destratado. A partir de então, assustar a família Otis passa a ser uma questão de honra para o fantasma.
Esta nova tradução traz algumas notas sobre elementos ingleses que podem ser desconhecidos ao leitor brasileiro. Uma nota que chamou minha atenção foi em relação a um trecho que não fazia muito sentido. Ela explicava que o trecho original apresentava um trocadilho que não podia ser traduzido para língua portuguesa, trazendo em seguida o trecho em inglês.
O livro possui uma narrativa que gera muito humor involuntário e sentimentos de pena pelo fantasma, uma criatura presa no mundo incapaz de comer, dormir ou morrer. Recomendo!