Atenção: esta resenha tem muitos spoilers! Não leia se ainda não viu o filme!
Depois de encerrar a primeira trilogia de forma terrível e de iniciar uma nova com um filme mediano, a franquia X-Men retorna com X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, que estreou no dia 22 de maio.
A história começa no futuro, no qual mutantes estão lutando com Sentinelas, modernos robôs que conseguem “absorver” a habilidade dos mutantes e usá-las contra eles. Kitty Pride, a Lince Negra, faz parte de uma equipe que consegue voltar no tempo toda vez que é atacada e fugir antes do ataque.
Essa habilidade – que não tem sua origem explicada – é oferecida como a solução para esse futuro totalmente sem esperança. O Professor X explica que alguém deve voltar no tempo e impedir que Mística mate o cientista Bolívar Trask. No passado, esse assassinato o tornou um mártir e possibilitou a criação dos Sentinelas. Também é preciso evitar que Mística seja capturada, uma vez que é com seu gene mutante que as Indústrias Trask desenvolvem a habilidade de absorção dos Sentinelas.
Como a viagem no tempo causaria um grande dano físico e mental a quem se submetesse a ela, Wolverine se oferece para a tarefa, já que, com sua habilidade de cura, ele não será afetado. De volta a 1973, Logan precisa localizar Xavier e Magneto para que eles o auxiliem na missão de encontrar a mutante azul.
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O filme inteiro é cheio de cenas impactantes, como o encontro psíquico do Xavier do passado com o do futuro. As cenas de luta, que são menos frequente do que se gostaria, não deixam a desejar, e os efeitos são surpreendentes. Em uma das lutas do futuro, em que Tempestade cai da beirada do templo onde os mutantes estavam lutando, não pude evitar ficar de queixo caído com a cena.
As atuações também estão incríveis. Ian McKellen volta a mostrar que não existe ninguém melhor para o papel de Magneto que ele, e Michael Fassbender não fica pra trás, dando um show de atuação, principalmente na briga entre Magneto e Xavier e no fim do filme. Patrick Stewart e James McAvoy também têm muita química e conseguiram mostrar pros fãs que não adianta ficar comparando um com o outro: eles são praticamente personagens diferentes, com vivências diferentes.
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Mas o melhor do filme é que ele dá uma revigorada na franquia, abrindo caminho para novas histórias com velhos personagens. Mas isso não deve rolar em X-Men: Apocalipse, que deve chegar em 2016 e que, de acordo com o diretor Bryan Singer, deve seguir os acontecimentos de X-Men: Primeira Classe.
Ainda assim, devemos esperar grandes coisas dessa sequência, uma vez que a cena pós-créditos de Dias de Um Futuro Esquecido já nos deixa com água na boca.