A graphic novel X-Men: Superdotados (Ed. Salvat, 160 pgs., R$ 19,90), que é o volume 36 da Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel, é simplesmente impressionante. Novos obstáculos são adicionados à história dos heróis e é empolgante a forma com que os personagens enfrentam os desafios.
Escrita por Joss Whedon e desenhada por John Cassaday, a HQ apresenta uma visão bem diferente dos X-Men em relação ao que estamos acostumados. A trama conta com o retorno de uma ex-vilã (Emma Frost), o início de um novo romance e alguns personagens que voltam do mundo dos mortos.
Todas essas mudanças começam quando Kitty Pryde (Lince Negra) retorna à escola de superpoderosos, agora chamada de Escola Jean Grey de Estudos Avançados. Lá ela fica indignada com a presença de Frost, mas deixa isso de lado quando fica sabendo de uma “cura” que poderá acabar com todos os mutantes do planeta. E o pior de tudo: um alien surge para dificultar a vida da equipe!
O mais bacana na arte de Cassaday é, com toda certeza, a capacidade de transmitir traços humanos e cenas de violência de forma séria, sempre mantendo a imagem colorida e clara, o que facilita a leitura e o entendimento de cada quadrinho.
O roteiro é sombrio e envolvente, pois mostra que ser um mutante, muitas vezes, não é uma benção. Além disso, as discussões entre os professores, o sarcasmo de Kitty e as respostas afiadas de Frost deixam a trama ainda mais divertida. Afinal, quando se trata de X-Men ou de Vingadores, é preciso ter barracos.
Como essa edição foi a estreia de Cassaday e Whedon, a trama apresenta apenas detalhes iniciais e não aquelas histórias fantasiosas de viagens no tempo e mudanças de dimensões. Ou seja, é uma história simples, mas muito atraente.
X-Men: Superdotados lembra o filme X-Men 3: O Confronto Final. A diferença é que consegue entreter o leitor nas 160 páginas, coisa que o longa de Brett Ratner não chega nem perto nos seus 104 minutos.