Resenha: Os Pequenos Homens Livres

Caso seus gêneros favoritos de leitura sejam ficção e fantasia, Os Pequenos Homens Livres (Ed. Bertrand Brasil, R$ 27,90, 301 págs.) é uma escolha de leitura… Peculiar. Esse é o primeiro livro da série Tiffany Dolorida, do escritor Terry Pratchett, que publicou mais de 80 obras ao longo de sua vida (e faleceu em 2015).

Tiffany Dolorida é uma menina jovem, curiosa e irrequieta, sempre com uma resposta na ponta da língua para alguma pergunta intrigante. Um dia, alguns monstros estranhos de contos de fada começam a aparecer e Tiffany percebe que a magia é mais real do que imaginava. Com a ajuda de Miss Thick, uma bruxa mais experiente, e um sapo, Dolorida descobrirá que é possível alcançar seu sonho de bruxa, desde que saiba que enfrentará um longo caminho.

Nesse meio tempo, uma Rainha (mais conhecida como Raía no livro) rouba o irmão de Tiffany, Wentworth. Alguns homens minúsculos, ruivos e com pele azul, conhecidos como Nac Mac Feegle (e também os Pequenos Homens Livres) aparecem para a menina e resolvem ajudá-la.
Nessa trajetória, Tiffany Dolorida descobrirá mais sobre sua família e sobre si mesma, além de perceber a importância da amizade e de sempre ser real consigo mesma.

Nas primeiras cem páginas, é possível entreter-se devido à forma irônica e humorística que o autor lida com alguns assuntos conhecidos por todos: contos de fada e sua dificuldade de parecerem reais, fadas madrinhas, sapos, príncipes, bruxas feias e tantos outros. Porém, ao longo da leitura, alguns capítulos tornam-se tediosos demais, sem chegarem a conclusão alguma. Os personagens possuem personalidades muitas vezes superficiais, impedindo o leitor de desenvolver grandes sentimentos por eles.

Logo, percebe-se que a leitura consegue ser cansativa mesmo sendo direcionada para um público mais jovem, pois o autor se alonga em algumas explicações e acrescenta detalhes demais, muitas vezes desnecessários para o prosseguimento da história.

Apesar de o livro apresentar uma proposta muito interessante, a mesma desenvolve-se de forma tediosa. Não comece a leitura com muitas expectativas… Caso você esteja interessado em ler Os Pequenos Homens Livres para introduzir-se na saga de Tiffany Dolorida, a obra pode ser capaz de te decepcionar.

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