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6 dados que revelam a gravidade da violência contra a mulher no Brasil

Mulheres sofrem com diversos tipos de violência, especialmente dentro de casa. Isoladas, não se sentem confortáveis para denunciar os crimes.

Por Camila Almeida
Atualizado em 8 mar 2024, 11h09 - Publicado em 26 out 2015, 18h00

1 – Mulheres são assassinadas em casa

Entre 2009 e 2011, o Brasil registrou 16,9 mil feminicídios (mortes de mulheres por conflito de gênero). Esse número indica uma taxa de 5,8 casos para cada grupo de 100 mil mulheres.

Aproximadamente 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo. Com os homens, a situação é bem diferente: o número cai para 6%. Ou seja, a proporção de mulheres assassinadas por parceiro é 6,6 vezes maior do que a de homens assassinados por parceira.

No Brasil, entre 2001 a 2011, ocorreram mais de 50 mil feminicídios. São 5 mil por ano. Acredita-se que grande parte foram decorrentes de violência doméstica e familiar, uma vez que aproximadamente um terço das mortes aconteceram em casa.

2 – Agressões são comuns – e não param

Pesquisa do Senado brasileiro estima que mais de 13,5 milhões de mulheres já tenham sofrido algum tipo de agressão. Esse número equivale a 19% da população feminina com 16 anos ou mais.

Das que sofreram violência, 31% ainda precisam conviver com o agressor. E pior: das que convivem com o agressor, 14% continuam sofrendo violência. 

Outra pesquisa mostra que 77% das mulheres que relatam viver em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. E 82,5% das mulheres relataram que elas são praticadas por homens com quem mantêm ou mantiveram algum vínculo afetivo

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3 – Mulheres jovens estão em relacionamentos violentos

Você acha que a violência está longe de você ou é coisa do passado? Pois saiba que 3 em cada 5 mulheres jovens, entre 16 e 24 anos, já sofreram violência em relacionamentos amorosos.

E, de cara, ninguém admite. A pesquisa mostrou que, embora apenas 8% das mulheres admitam espontaneamente já terem sofrido violência do parceiro, 66% das mulheres afirmaram ter sido alvo de alguma das ações citadas no questionário – entre as violências, constavam: xingar, empurrar, agredir com palavras, dar tapa, dar soco, impedir de sair de casa e obrigar a fazer sexo.

Para os homens, admitir a violência também é difícil. Só 4% dos rapazes reconhecem que já tiveram atitudes violentas contra parceiras – mas 55% dos homens declararam ter realizado tais práticas na pesquisa. 

4 – Crianças sofrem junto com suas mães

Em levantamento realizado pela Central de Atendimento à Mulher (Disque 180), ficou constatado que as crianças estão diretamente envolvidas nos casos de violência doméstica. Dentre as vítimas ouvidas em 2014, 80% tinham filhos. Só que 64,35% presenciaram a violência e 18,74% eram vítimas diretas junto com as mães. 

5 – Quase todo mundo conhece uma vítima

É bem possível que você, que está lendo agora, também. 54% das pessoas conhecem uma mulher que já foi agredida e 56% conhecem um homem que já praticou agressão contra uma mulher. 

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6 – Uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no Brasil

Só em 2014, o Brasil teve pelo menos 47 mil estupros. Mas o Fórum Brasileiro de Segurança Pública acredita que podem ter ocorrido entre 136 mil e 476 mil casos.

O problema na falta de conclusão sobre os dados é a subnotificação do crime. Existem dois cenários: o estudo “Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde“, do Ipea, que aponta que apenas 10% dos casos chegam ao conhecimento da polícia; o outro é um cenário internacional, em que apenas 35% das vítimas desse tipo de crime prestam queixa.

E elas estão isoladas: falta confiança na Justiça e na polícia. 52% das pessoas acham que juízes e policiais desqualificam o problema da violência contra a mulher.

 

Região nordeste é a mais violenta contra a mulher

Os homicídios contra a mulher estão espalhados por todo o país, mas o Nordeste se destaca negativamente, com a maior taxa do crime: 6,9 mortes para cada 100 mil mulheres. Entretanto, o Espírito Santo é o pior estado quando se trata do assunto (11,24) e o Piauí é o melhor (2,71). 

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