Ela já tinha sido barrada em repartições e eventos públicos em cidades americanas como São Francisco e Seattle. Depois, foi achincalhada na Europa, por políticos como Ken Livingstone, ex-prefeito de Londres. Agora encontrou um rival de peso: a pequena Bundanoon, na Austrália. Com 2 500 habitantes, a cidade se tornou, em julho, a primeira a proibir a venda de água engarrafada em qualquer lugar dentro de seus limites. E a decisão espalhou pelo mundo a discussão sobre as garrafinhas. Veja os argumentos pró e contra essa invenção do mundo moderno.
Contra:
“É uma questão moral. A venda de água engarrafada é um golpe fantástico da indústria de bebidas – eles convenceram as pessoas a comprar basicamente a mesma água que sai da torneira. E, ambientalmente, o uso da garrafa não faz sentido.”
Huw Kingston, comerciante e um dos líderes da campanha de Bundanoon pela adoção da água da torneira.
A favor:
“Nossa água municipal pode ser uma das melhores do mundo. Mas ela é distribuída por quilômetros de canos, alguns com algumas centenas de anos. Esses canos podem vazar – por isso, os sistemas municipais perdem entre 18 e 44% da água durante o transporte. E pode haver contaminação nos canos.”
Stephen Edberg, professor de medicina laboratorial da Universidade Yale e especialista em análise de água.