Barbara Axt
O que irrita nos computadores não são os defeitos, mas sim a falta de educação. Foi o que descobriu Jeng-Yi Tzeng, da Universidade Nacional de Tsing Hua, Taiwan, que pesquisou a raiva que sentimos quando a máquina de repente deixa de funcionar. Inspirado em um provérbio chinês que diz que “ninguém maltrata uma pessoa educada”, Tzeng convidou 269 estudantes para testar um jogo em que deveriam completar provérbios com a ajuda de umas dicas. Tinha uns problemas: o jogo era chato, as questões se repetiam e as dicas eram inúteis. Ele terminava de duas maneiras: uma amistosa (“Desculpe, as dicas não foram úteis para você. Tente de novo”) e outra antipática (“As respostas não estão corretas”). Na versão simpática, 60% dos jogadores disseram que as desculpas tornaram o jogo mais agradável. Os que receberam as mensagens antipáticas não reclamaram, talvez por já esperarem esse tratamento, mas foram mais duros na hora de avaliar o programa. “Quem teve respostas educadas se sentiu mais confortável ao jogar”, afirmou Tzeng. Para ele, a relação entre homens e softwares melhoraria se os programadores deixassem de passar adiante os erros das máquinas. Já os defeitos, esses não acabarão tão cedo.