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Bússola: a chave do mundo

A invenção da bússola levou o homem a achar os caminhos para a conquista do planeta.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 31 jan 2000, 22h00

Meire Cavalcante

A bússola é uma das invenções mais importantes de todos os tempos. Antes dela, navegar não tinha nada de preciso. Tente imaginar como era viajar numa época em que a melhor forma de se orientar na Terra era usando a estrela Polar, a única que praticamente não mudava de lugar no firmamento. Inconvenientes não faltavam. Em primeiro lugar, ela só era visível no hemisfério norte. Além disso, só se podia navegar à noite, desde, é claro, que o céu não estivesse nublado.

Com a bússola (do latim buxida, que quer dizer “caixinha”), as grandes embarcações não pararam mais quietas no lugar, atravessando e conquistando todo o planeta. Quase um milênio depois, no entanto, ela está virando peça de museu. “A bússola é o último recurso, usado somente em caso de pane nos controles ou falta de energia, o que é muito raro”, afirma Helio Librantz, engenheiro de sistemas eletroeletrônicos da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica).

Atualmente, há um sistema de navegação mais moderno e confiável do que uma simples agulhinha imantada. É o GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global). Com ele, é possível navegar e voar com visibilidade praticamente nula, pois o aparelho informa altitude, latitude e longitude de qualquer lugar do planeta (veja na página ao lado). Mas engana-se quem pensa que o magnetismo saiu de cena. O GPS funciona por transmissão, via satélite, de ondas – sim, você acertou, eletromagnéticas.

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Viagem na História

Há quem afirme que os navegadores escandinavos estiveram entre os primeiros a utilizar a magnetita – minério com propriedades magnéticas – como instrumento de orientação. No entanto, os registros mais antigos afirmam que foram os chineses, por volta do ano 1100, que descobriram o alinhamento com o campo magnético de uma agulha imantada boiando no óleo. Os árabes e os europeus começaram a usá-la por volta do ano de 1300. A bússola sofreu poucas modificações até o século XIX. O desenvolvimento dos transportes marítimos e aéreos e a necessidade de orientações mais exatas exigiu algumas mudanças no instrumento, que ganhou formas e aplicações diferentes.

Mesmo no escuro

A bússola reinou durante quase 900 anos como o melhor instrumento de navegação. Sua hegemonia, porém, acabou no final da década de 70, quando foi desenvolvido o GPS – sigla, em inglês, para Sistema de Posicionamento Global. Ele foi projetado como um sistema de orientação das Forças Armadas dos Estados Unidos. Quinze anos após o lançamento dos primeiros satélites desse sistema, ele chegou aos civis para mudar os rumos da navegação marítima, aérea e terrestre. Esses satélites são responsáveis pelo envio de informações precisas sobre a localização, em qualquer ponto da Terra, por meio de ondas eletromagnéticas. Essa tecnologia, porém, não chegou aos civis por vontade dos militares. Os sinais mandados pelos satélites podiam ser captados por qualquer um que tivesse um receptor. Quando perceberam isso, as indústrias eletrônicas americanas começaram a fabricar aparelhinhos de uso pessoal. Como não podiam impedir a captação dos sinais, os militares fizeram com que as ondas chegassem distorcidas, o que causava um erro de, no mínimo, 15 metros. Mesmo com essa distorção, o equipamento continuou a fazer sucesso entre esportistas e curiosos que andam desnorteados pelo mundo. Hoje, já existem até carros com GPS.

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