Ciência Maluca: Circo no laboratório
Ciência Maluca estreou em 2002. E virou uma das seções mais queridas da SUPER. Confira os experimentos mais bizarros e as descobertas mais inusitadas desses últimos 12 anos
Dormindo no trabalho
Para estudar os efeitos da falta de gravidade no corpo humano, a Agência Espacial Europeia realizou um experimento macabro: prendeu 25 pessoas em suas camas por quatro meses. Além de exames médicos, suas únicas atividades eram comer, assistir televisão e ler. Finalizada a experiência, em 2002, as cobaias só conseguiram andar depois de alguns dias.
Som do espaço
Em 2004, o pesquisador Tim Leighton, da Universidade de Southampton, na Inglaterra, reproduziu o som de uma cachoeira em Titã, uma das luas de Saturno. Detalhe: a corredeira é de metano líquido, o que resultou num misto do barulho de uma queda d¿água com o chiado de uma frigideira.
Tudo que vai volta
O que acontece quando se lança um bumerangue em uma nave espacial, com gravidade zero? Exatamente a mesma coisa que rolaria aqui na Terra. O responsável pelo experimento é o astronauta japonês Takao Doi, que ficou jogando com o brinquedo durante sua missão na Estação Espacial Internacional, realizada em 2008.
Enfim, salvos
Se caísse em um buraco negro, você morreria em um décimo de segundo, tempo suficiente para sentir dor. Ainda bem que o físico Richard Gott, da Universidade Princeton, criou um jeito de aliviar esse sofrimento: contrabalançar a gravidade com um anel de 12 trilhões de toneladas. Com a “invenção”, de 2003, a morte aconteceria em indolores 3 milésimos de segundo.
Strike aéreo
Em 2003, a Sociedade Astronômica de Salt Lake, nos Estados Unidos, queria simular o impacto de meteoritos na Terra. A ideia era lançar, de dentro de um avião, bolas de boliche sobre os desertos de sal da região e analisar as crateras que elas formam. A pesquisa foi proibida pelo governo, que considerou o perigo aos trabalhadores que circulam por ali.
Galáxia de framboesa
Astrônomos do Instituto Max Planck, na Alemanha, descobriram metanoato de etila, substância que dá sabor à framboesa, em uma nuvem de poeira próxima ao centro da Via Láctea. Mas, se astronautas fossem até lá, não poderiam se deliciar: segundo o estudo, de 2009, a nuvem também é formada por cianeto de propila, um veneno letal.
De volta para o Facebook
Neste ano, físicos da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos, vasculharam posts de 2006 no Facebook e no Twitter, procurando menções ao papa Francisco e ao cometa IN – assuntos que surgiram em 2012. Se alguém tivesse falado sobre eles já em 2006, bem antes, é porque viera do futuro. Nada foi encontrado.
Paintball da salvação
Se um asteroide vier em direção à Terra, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts possuem uma solução. A ideia, divulgada no ano passado, é construir uma arma de paintball gigante que seria usada para jogar 5 toneladas de tinta no pedregulho. Pintado de branco, ele refletiria mais luz solar. Com isso, mais partículas de luz refletiriam no asteroide e a energia dos fótons faria com que ele mudasse de trajetória. Problema: essaalteração de caminho demoraria 20 anos para acontecer.