Alexandre Versignassi e Maurício Horta, editores
A SUPER está fazendo 25 anos. Foram mais de 30 mil páginas, 1 500 reportagens, dezenas de milhares artigos e notas. Milhões de leitores… Muitos dos quais tiveram seu primeiro contato com o mundo da ciência, do conhecimento, folheando a SUPER. Leitores que hoje são físicos, biólogos, engenheiros, historiadores, médicos, justamente por terem se apaixonado por esse mundo enquanto ainda não tinham decidido o que fazer da vida. Isso também aconteceu com as pessoas que hoje fazem esta revista: gostamos tanto dela lá atrás que muitos de nós viramos jornalistas só para ter a chance de trabalhar aqui um dia. Esse dia chegou. O momento de comemorar a história da revista também. E nada poderia ter mais a cara da SUPER do que celebrar esse passado olhando não para trás, mas para a frente: com esta edição especial sobre o futuro.
Todas as reportagens aqui têm um pé no presente e outro no amanhã. A de capa, por exemplo, volta para o futuro de 25 anos atrás para mostrar que ele não é mais como era antigamente… Os supercondutores, assunto principal da edição número 1, em 1987, não mudaram o mundo. Já os robôs, outro tema recorrente, mudaram. Mas não como a gente imaginava. Hoje boa parte deles são cérebros virtuais. O sistema de busca do Google, por exemplo, pode ser chamado de robô, por mais que não se pareça nem com o R2D2 nem com a Daryl Hanna nem com nada palpável. Bom, a partir da página 40 você vê mais sobre o que o futuro reservou – e ainda reserva – aos grandes temas que fizeram a história da SUPER.
Outro ponto importante em que esta edição junta passado e futuro é nas pessoas que a fizeram. São vários profissionais com anos de serviços prestados à SUPER. É o caso do Eduardo Szklarz, que mostra o surgimento de novas línguas pelo mundo; do Salvador Nogueira, que apresenta a arma de guerra mais letal deste século: os supervírus de computador. E do Rodrigo Rezende, nosso “correspondente em 2112”, que dá uma visão peculiar sobre como poderá ser um dia na vida de uma pessoa comum daqui a 100 anos. Ele vai acertar tudo? Claro que não. Mas no que depender de nós uma coisa é certa para o século 22: a SUPER estará lá. Seja numa tela flexível, seja transmitida direto para o cérebro. Não importa. Vamos continuar divulgando conhecimento de uma forma ou de outra. Por que as paixões de verdade duram para sempre. E isso é o que não falta aqui. Um abraço.