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Estamos à beira de uma explosão populacional

Não é bem assim. A taxa de natalidade está caindo em muitos países desde os anos 60. E vai cair ainda mais nas próximas décadas

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 25 fev 2011, 22h00

Texto Eduardo Szklarz

Vira e mexe aparece algum sabichão afirmando que a população mundial vai crescer tanto que, um dia, o planeta não será mais capaz de suportá-la. De fato, a humanidade vem crescendo num ritmo alarmante. O número de habitantes da Terra simplesmente quadruplicou no último século e deve bater a marca de 7 bilhões em 2011. Demoramos milênios para atingir 1 bilhão de pessoas, em 1804, e apenas 123 anos para chegar aos 2 bilhões, em 1927. Agora bastam 12 anos para cada novo bilhão.

Ao que tudo indica, porém, o planeta não vai explodir de tanta gente. “Se as taxas de natalidade atuais permanecessem constantes, sem dúvida teríamos uma explosão populacional. Mas as projeções apontam para um declínio dessas taxas”, diz o demógrafo Carl Haub, do instituto Population Reference Bureau, nos EUA. Isso quer dizer que a população mundial continuará crescendo neste século (com 2 bilhões ou 3 bilhões adicionais nos próximos 50 anos), só que o ritmo de crescimento vai cair.

Na verdade, já está caindo desde o final dos anos 60, quando atingiu os 2,04% ao ano. Hoje, o ritmo gira em torno de 1,3%. Em números absolutos, o pico aconteceu no período 1985-1990, com 88 milhões de novas pessoas por ano. Para 2005-2010, a ONU projeta 79 milhões anuais. É que a taxa de fertilidade vem diminuindo ao redor do globo. “Na década de 1950, as mulheres das regiões menos desenvolvidas tinham, em média, 6 filhos. Hoje, têm cerca de 3”, diz Joseph Chamie, ex-diretor da divisão de estudos populacionais da ONU. “Na metade deste século, espera-se que a média global esteja próxima de dois filhos por mulher.”

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O Brasil já alcançou essa marca, assim como diversas nações emergentes e desenvolvidas. Portanto, nosso problema não é crescer, mas envelhecer cada vez mais rápido. Que o digam países como Espanha e Itália, que têm crescimento zero ou até negativo. Nos países ricos já há mais idosos que crianças, e a proporção será de 2 para 1 em 2050. Nas regiões em desenvolvimento, eles vão saltar dos atuais 8% para 20%. No fim das contas, o número de pessoas com mais de 60 anos deve triplicar no mundo, somando 2 bilhões até meados deste século.

Nunca é demais ressaltar, contudo, que tudo isso está baseado em projeções. “Uma redução continuada do ritmo de crescimento vai depender de um declínio sem interrupções na taxa de fertilidade em todos os países em desenvolvimento”, adverte o demógrafo Carl Haub.

Para que as projeções se concretizem, os programas de planejamento familiar precisam ser ampliados na Ásia e na África. É lá que vai se concentrar quase todo o crescimento global das próximas décadas, já que 8 de cada 10 jovens vivem nesses continentes. São africanos ou asiáticos os 5 países que, hoje, respondem por metade do crescimento anual: Índia, China, Paquistão, Nigéria, Bangladesh e Indonésia.

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