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Feitos para não durar

Veja quanto tempo duram os produtos do seu dia-a-dia

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 30 set 2012, 22h00
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  • Raphael Soeiro e Samuel Rodrigues

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    Seu computador quebrou de novo. Há uma conspiração da indústria para que ele seja descartável? Especialistas ouvidos pela SUPER dizem que não, pois isso queimaria a imagem da marca. Mas há outro lado: para deixar produtos baratos, é preciso cortar custos e, com isso, a vida útil dos produtos.

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    A corrida para o lixo
    Quanto tempo produtos durariam se não fossem trocados ao parecer obsoletos?

    Isqueiro – 5 meses
    É o quanto vai durar se o fumante queimar 20 cigarros ao dia. São 3 mil chamas – “idênticas à primeira” -, segundo a fabricante Bic. Mas a questão é: quem conhece alguém que não perde o isqueiro antes de acabar?

    Lâmpada fluorescente compacta – 1 ano
    Segundo fabricantes, as lâmpadas fluorescentes compactas aguentam de 5 mil a 10 mil horas, mas, num teste do Inmetro, 7 em 11 marcas queimaram antes de completar 2 mil horas. Já as incandescentes não passam de mil horas.

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    Tênis – 1 ano, se andar 1,5 km por dia
    Um tênis aguenta em média 800 km – o equivalente a ir e voltar de São Paulo ao Rio de Janeiro a pé. Depois disso, a sola perde a resistência. Mas isso depende de seu peso, de onde caminha e se você corre ou anda – e do tênis, claro.

    Smartphone – 3 anos
    Sim, ele vai aguentar mais. Mas depois de 400 a 800 recargas, sua bateria vai durar cada vez menos. E, antes de arriar de vez, o processador do celular não dará mais conta de aplicativos mais novos.

    CD/DVD – 5 anos
    É comum essas mídias começarem a dar problema pela deterioração do material e pelo mau acondicionamento – umidade, sujeira, poeira, calor excessivo e fricção. Melhor salvar no hd? Nem tanto – seu risco de quebra também aumenta após os 5 primeiros anos.

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    Geladeira – 20 anos
    Com o tempo, o motor começa a falhar. Hoje, são baratas o suficiente para comprar outra mais moderna em vez de levá-la para conserto. E você poderá ter a que filtra água, faz gelo ralado e acessa a internet.

    E as geladeiras de antes? Elas não duravam a vida inteira? Não, diz Renato Giacomini, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FEI. “Elas tinham problemas mecânicos, enferrujavam, e a gente tinha de mandar consertar.”

    Carro – 20 anos
    Tudo depende do uso e da manutenção. Aos 10 mil km é o filtro de ar. Aos 20 mil km, as velas. A partir dos 40 mil km, os amortecedores e pneus, se o carro for sofredor. Mas é entre os 100 mil e 150 mil km que começam os problemas sérios.

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    As trocas começam já entre 3 e 5 anos de uso, bem antes de o carro começar a dar problema de fato. Uma razão para isso são os redesenhos anuais, que fazem o carro perder a cara de “modelo do ano”. Outra é bem simples: evitar manutenção.

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    Televisor LCD/LED – 25 anos, ligado 8 horas por dia
    Depois de 75 mil horas de uso em condições ideais, a luz de fundo (backlight) começa a escurecer até queimar. Dá para mandar consertar, mas até lá, já terá virado peça vintage. Como a tv de tubo nos tempos de hdtv.

    Livro – 50 anos. Ou séculos.
    Livros de bolso são feitos de papel-jornal, ficam com páginas amareladas e quebradiças. Afinal, não são feitos para sobreviver numa estante. Já os de papel bom duram mais de século. O problema é o manuseio, que leva a problemas na encadernação.

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    Numa biblioteca, os livros aguentam até 35 empréstimos. Mas, se ficarem longe das mãos dos leitores, duram bem mais. O manuscrito mais antigo da Biblioteca Nacional, por exemplo, tem 10 séculos.

    Nem vale consertar
    Eletroportáteis ficaram tão baratos que o conserto pode sair mais caro do que um novo

    TORRADEIRA
    Novo – R$ 90
    Troca de resistências – R$ 120

    ASPIRADOR
    Novo – R$ 150
    Troca de motor – R$ 120

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    BATEDEIRA
    Novo – R$ 100
    Troca de motor – R$ 65

    LIQUIDIFICADOR
    Novo – R$ 100
    Troca de motor – R$ 55

     

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    Fontes Adriana Marotti de Mello, professora da FEA-USP; Neil Maycroft, Consumption, planned obsolescence and waste; Rafael Lamardo, professor de Tecnologia da Informação da ESPM; Renato Giacomini, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FEI; Vera Rita de Mello Ferreira, representante no Brasil da International Association for Research in Economic Psychology; National Association of Home Builders; Bic; livestrong.org; Inmetro; Companhia das Letras.

    Para saber mais
    Made to Break: Technology and Obsolescence in America
    Giles Slade, Harvard University Press, 2006.

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