O fogo acompanha a humanidade há quase 1 milhão de anos, antes mesmo do surgimento do homo erectus, quando o homem pré-histórico aprendeu a dominá-lo e se sentiu igualado à natureza, que o produz ocasionalmente em raios ou erupções vulcânicas. Foi uma revolução que garantiu um enorme avanço sobre os outros animais do planeta, uma vez que tochas puderam ser usadas para afastar predadores e iluminar a escuridão, e fogueiras puderam assar os alimentos, livrando-os dos germes. O mais notável naquela época foi a chance que o homem teve de se proteger do frio, ampliando o alcance e a instalação do neandertal na Terra.
O uso do fogo não ficou restrito à melhoria da qualidade de vida. Logo se aprendeu a utilizá-lo como arma de guerra – já na Idade Antiga usavam-se caldeirõescom óleo fervente e catapultas que lançavam esferas incandescentes contra os inimigos.
Em guerras do século passado, o fogo esteve na detonação de projéteis de revólveres e de canhões. Também foi usado com crueldade extrema nos crematórios nazistas que executaram milhares de judeus, e ao ser lançado, na Guerra da Coréia e do Vietnã, por tanques lança-chamas e bombas incendiárias de napalm, gasolina gelatinosa que mantém a incandescência por tempo prolongado.