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Gravidez: e aí dentro, tudo bem?

O que a mãe mais quer é a certeza de que o bebê vai nascer com saúde. Os exames pré-natais oferecem diagnósticos cada vez mais exatos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 30 abr 1998, 22h00

Xavier Bartaburu

Pais e mães já não precisam esperar a hora do parto para saber se a criança será saudável. Hohe, a Medicina conta com uma variedade de exames, feitos desde as primeiras semanas de gestação. Eles são, quase sempre, bem simples. Consistem, basicamente, em ultrassonografia e coleta de material. Sua maior utilidade é determinar se o feto possui alguma doença genética ou má-formação congênita. Às vezes, é possível corrigir problemas sérios por meio de cirurgias durante a preopria gravidez.

Já se vislumbra, até mesmo, a possibilidade de alterar geneticamente o embrião. “Os conhecimentos obtidos com as experiências da biologia molecular logo poderão ser usados para erradicar doenças genéticas”, prevê o ginecologista Thomaz Gollop, diretor do Instituto de Medicina Fetal, de São Paulo. A idéia é substituir os genes causadores da doença por outros, saudáveis. O campo da chamada terapia gênica ainda está engatinhando e há muitos obstáculos. Mas os médicos acreditam que os resultados são apenas uma questão de tempo. Se tudo der certo, no futuro o útero só abrigará bebês sadios.

A resposta está no sangue

O exame de sangue para descobrir se há algo errado com o bebê é o chamado teste triplo, que mede a quantidade de três substâncias produzidas pelo feto – alfafetoproteína e dois hormônios, estriol e gonadotrofina. A alteração de alguma dessas substâncias indica risco de anomalias genéticas ou de má-formações.

Quem sabe é super

O perigo de aborto em exames invasivos como a amniocentese é de 0,5 %. Ou seja: 1 em cada 200, um índice altíssimo. Por isso, ela só deve ser feita em casos de alto risco de anomalias.

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Uma janela para o útero

Enquanto cresce, o feto é acompanhado por dezenas de olhos

A ultrassonografia é o mais comum dos exames feitos durante a gravidez. Por meio dela, os pais conhecem o bebê meses antes de nascer. Pode-se acompanhar com segurança a evolução da gestação, monitorar exames ou cirurgias e verificar se há alguma má-formação do feto. E também descobrir o sexo. Existem dois tipos de ultrassom na gravidez. O exame de primeiro trimestre, feito entre a 11ª e a 14ª semana, fornece uma idéia exata da idade e da formação do feto. É nesse exame que se faz a translucência nucal, que mede a espessura da nuca do feto. Caso a medida passe de 3 mm, há o risco de que o bebê tenha alguma doença genética. Neste caso, são feitos outros testes como a amniocentese e o vilocorial. Por volta da 20ª semana, é feita a ultrassonografia morfológica, na qual se estuda toda a anatomia do feto.

Na ponta da agulha

Conheça as principais técnicas de examinar o feto com base na coleta de amostras

Cordocentese

Por meio de uma agulha, retira-se uma amostra de sangue fetal direto do cordão umbilical. O exame costuma ser usado no diagnóstico pré-natal de doenças genéticas. É feito a partir da 18ª semana

Amostra de vilocorial

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O material é recolhido da placenta, para avaliar a constituição genética do feto. A agulha pode ser introduzida pela vagina ou pela barriga, sempre com o acompanhamento do ultrassom. O teste é feito a partir da 10ª semana

Amniocentese

Uma agulha é introduzida pela barriga da mãe até chegar ao útero, de onde retira um pouco de líquido amniótico. O ultrassom garante que o furo seja feito no lugar certo. Por meio da análise dos cromossomos, pode-se detectar anomalias genéticas. A descoberta de anticorpos ou de fragmentos de vírus pode revelar uma infecção. O exame costuma ser feito no feto com mais de 15 semanas de gestação nos casos em que há risco de doenças como a síndrome de Down

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