Identicards, jogo para 3 a 6 participantes, produzido pela Grow.
Pode ser que você seja Tutancâmon e ainda não se deu conta disso. Aquela proverbial facilidade de rotular os outros – e de nos enganarmos sobre nós mesmos – é transformada, neste jogo, numa divertida caricatura: todos levam literalmente na testa sua identidade, mas não a vêem, enxergando apenas as dos outros.
No início, os jogadores sorteiam uma cartela que pode conter uma pessoa (real ou imaginária, viva ou morta), um lugar (país, cidade, local histórico ou aposento), ou simplesmente uma coisa que se possa ver, tocar ou comer. As 224 cartelas, todas com um desenho, são presas numa espécie de cinta plástica que os participantes usam na cabeça, como se fosse uma faixa. Cada um instala a sua cartela, tomando cuidado para não espiar o conteúdo. Depois de encerrados os risos e gracejos inevitáveis, devido ao ridículo da situação -, cada jogador tenta descobrir quem é, fazendo sucessivas perguntas aos demais, que devem se limitar a responder sim, não, talvez ou não sei. O número de perguntas não é limitado, mas o tempo sim: um minuto, marcado por uma ampulheta.
Pode estar na cara, mas não é fácil adivinhar a própria cartela: se não conseguir, o jogador pode optar por mais um minuto de tentativas ou declarar-se em crise de identidade. Neste caso, os demais passarão a dar-lhe dicas, muito mais reveladoras. Só que nessas duas alternativas, o avanço é mais lento (para marcar os pontos, usam-se peões e um tabuleiro). Depois de uma rodada completa, todos pegam novas cartelas e a brincadeira continua, até que algum peão chegue ao final do percurso.