Júlio César Barai
Como a luneta infravermelha possibilita a visão no escuro?
A radiação infravermelha foi descoberta em 1800, pelo astrônomo alemão naturalizado inglês William Herschel (1738-1822). Todo corpo sólido a uma temperatura acima do zero absoluto (menos 273 graus centígrados) emite radiação infravermelha, invisível ao olho humano. Durante a Segunda Guerra Mundial foi desenvolvido o tubo conversor de imagens infravermelhas, usado em binóculos e lunetas infravermelhos. Esse conversor é composto de um tubo à vácuo que tem um fotocátodo (eletrodo sensível à luz) sensível à radiação infravermelha. O objeto a ser visualizado é aí focalizado. Conforme a radiação recebida, o fotocátodo emite elétrons, que são projetados numa tela, gerando assim uma imagem na outra ponto do tubo. Com o tudo só tem sensibilidade para visualizar objetos incandescentes, é necessária uma lâmpada infravermelha para iluminar a cena. Assim, uma luneta infravermelha permite enxergar, à noite, tudo que esteja num raio de 100 metros.