Insatisfeito com a grana na carteira? Então crie a sua própria moeda! É isso o que está acontecendo ao redor do mundo, quando pessoas percebem que o dinheiro oficial não serve para todas as necessidades. Calcula-se que existam 153 tipos de “moedas complementares” no mundo, 10 vezes mais do que em 1990.
O QQ, o maior site de relacionamentos chinês, lançou há 3 anos uma moeda própria que servia para comprar acessórios dentro do site. Hoje, é aceito também em lojas reais. O dinheiro pegou tanto que movimenta quase US$ 1 bilhão por ano e pode ser convertido diretamente para os yuans – o que deixou até o governo chinês com medo da inflação.
Nos EUA, existe um tipo de dinheiro contabilizado por trabalho comunitário, o Time Dollar. Criada por uma ong, a moeda funciona assim: para cada hora que você passa fazendo algum tipo de trabalho voluntário em alguma das instituições associadas ao programa, você ganha em troca uma hora de trabalho inteirinha, só para você, de outro voluntário.
No Quênia, a moda agora é fazer compras com os minutos do celular pré-pago. Você vai a uma loja e paga a comida transferindo o seu crédito para o dono do estabelecimento. Isso funciona porque lá o dinheiro oficial é frágil e dá para confiar mais nos minutos de celular do que no banco central. A procura cresceu tanto que as transações celulares já correspondem a 10% do PIB.