Texto Rafael Tonon
“Sim. E essa verdade não se aplica somente à sociedade americana em relação à África, mas a cada latino-americano, que deve justificar sua existência na abundância do século 21 ao lado da esqualidez de 400 milhões de pobres no mundo.”
Rubens Ricupero, embaixador brasileiro.
“Sim. Histórias de sucesso recentes só se tornaram possíveis por meio da combinação do aumento nos gastos dos orçamentos dos países pobres com a ajuda vinda dos países ricos doadores.”
Jeffrey D. Sachs, assessor especial da ONU para as Metas de Desenvolvimento do Milênio.
“Não necessariamente. A África recebeu US$ 2,3 trilhões em ajuda desde a década de 1960, mas sua expectativa de vida continua caindo. Já alguns países asiáticos que receberam pouca ou nenhuma ajuda conseguiram prosperar. Dar dinheiro não é a melhor ajuda, e sim criar formas de desenvolvimento e remover as barreiras comerciais.”
Caroline Boin, diretora do programa de política internacional para o meio-ambiente.
“Os países ricos contribuíram com US$ 67 milhões para o fundo da ONU destinado a ajudar os países pobres – menos do que os americanos gastam por mês em protetor solar. Seria preciso US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões para satisfazer suas necessidades mais urgentes.”
Charlotte Sterrett, diretora da ong Oxfam.