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Pintura e jogos de tabuleiro são boas pedidas para um date, diz estudo

E é tudo culpa da ocitocina, o "hormônio do amor"

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 22 fev 2019, 14h39 - Publicado em 22 fev 2019, 14h39

Você e o mozão não sabem o que fazer neste fim de semana? Um estudo Universidade Baylor, nos EUA, pode ajudar. Os pesquisadores constataram que duas atividades insuspeitas podem uma ótima pedida: sair para pintar ou (essa os nerds vão gostar) jogar jogos de tabuleiro.

Calma, é menos aleatório do que parece. Os pesquisadores estavam investigando se certas atividades recreativas com um parceiro romântico libera ocitocina, conhecido como “hormônio do amor” – ou do apego.

As funções mais comuns desse hormônio, produzido pelo hipotálamo, se relacionam diretamente à reprodução feminina: durante o trabalho de parto, ele é liberada em grandes quantidades intensificando as contrações uterinas, que abrem o colo do útero e permitem que o bebê passe pelo canal vaginal. Além disso, ele estimular a liberação do leite materno e é responsável por criar um maior vínculo entre mãe e bebê — uma série de estudos mostra que mulheres grávidas com níveis mais elevados de ocitocina criam uma melhor conexão com seus bebês.

Mas, esse hormônio não atua só na corpo da mulher. Em ambos o sexos, a ocitocina está vinculada às relações sociais e românticas, sendo liberada tanto em demonstrações de afeto, como o abraço, até em relações sexuais — ela faz parte do coquetel de substâncias químicas cerebrais liberadas durante o orgasmo.

“A ocitocina é apelidada de hormônio do amor porque está associada à ligação romântica. E ela não é liberada ao longo do dia; só quando há estímulos ”, disse a co-autora do estudo, Karen Melton.

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E foi exatamente isso que a pesquisa testou, se atividades mais diferentonas com o parceiro liberariam ocitocina ou não. No estudo, vinte casais ​​que moram juntos responderam um questionário de uma hora sobre a vida familiar, para desencadear uma liberação inicial de ocitocina. Pesquisas anteriores descobriram que até pensar em um dos parceiros pode impulsionar a produção do hormônio, e esse falatório pretendia já deixar eles “preparados” para o teste.

Em seguida, os pesquisadores aleatoriamente designaram metade dos casais para jogar um jogo de tabuleiro por uma hora, enquanto os outros fizeram uma aula de pintura. Os cientistas coletaram amostras de urina após as atividades para medir as mudanças nos níveis do hormônio.

E o resultado foi positivo: os níveis de ocitocina se elevaram após ambas as atividades, passando de uma média de 3,86 nanogramas por mililitro de urina antes da pesquisa para uma média de 4,88 nanogramas após a atividade. Bingo, ótimos dates.

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Mas, lógico, uma atividade provocou uma maior liberação de ocitocina do que a outra. Qual você acha que foi? Ponto para quem apostou nas artes visuais! Segundo o resultado, os homens do grupo de pintura tinham, de longe, a maior mudança nos níveis de oxitocina, que dobraram a concentração desse hormônio após a aula de arte. Para as mulheres, no entanto, não houve tanta diferença assim entre as duas atividades.

Segundo Melton, as aulas de pintura foram muito benéficas para o homem porque, além de ser algo novo, ainda envolve grande envolvimento com a parceria. Os pesquisadores constataram muitas pessoas na aula de arte oferecendo incentivo ao parceiro, verbalmente e através do toque, como colocar um braço ao redor do ombro. De acordo com a pesquisadora, os homens demonstraram serem particularmente sensíveis ao contato físico, e aquela situação aumentou consideravelmente os níveis de oxitocina,

Por fim, os cientistas afirmam que, apesar de terem testado essas duas alternativas, outras atividades que envolvem os mesmos gatilhos — toque físico, interação social, novidade e incentivo a parceiros — podem alcançar resultados semelhantes. Mas novas pesquisas ainda são necessárias para dizer com certeza.

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