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Qualidade do sono piorou durante a pandemia, dizem estudos

As pessoas estão dormindo mais durante o isolamento, mas o estresse e a frustração causados pela pandemia superam os benefícios do sono mais longo.

Por Maria Clara Rossini
16 jun 2020, 18h40

Você é do time que acorda cedo para manter a rotina durante a quarentena ou acabou trocando o dia pela noite? Seja qual for o seu caso, o fato é que a pandemia impactou (e muito) o sono das pessoas. Logo que a quarentena começou, muita gente passou a ter mais sonhos mais vívidos e estranhos, o que pode ser explicado pela mudança na rotina e tempo de sono.

Sem a obrigação de acordar cedo para pegar o transporte, ir para a escola ou trabalho, a tendência é que as pessoas passem um tempinho a mais na cama. Porém, ainda que você esteja dormindo mais durante o isolamento social, isso não é sinônimo de qualidade do sono. 

Um estudo feito na Áustria, Alemanha e Suíça avaliou o sono de 435 adultos no período entre março e abril deste ano, quando a quarentena estava mais intensa na Europa. Na média, as pessoas estão dormindo 15 minutos a mais a cada noite – mesmo assim, a maioria reportou que a qualidade do sono caiu.

Enquanto ter mais tempo de sono é bom para a saúde, os pesquisadores acreditam que o estresse e frustração causados pela pandemia tenha superado os possíveis efeitos positivos da quarentena. “Normalmente, nós esperaríamos que a redução do jetlag social estivesse associada com uma melhor qualidade do sono”, disse a neurocientista Christine Blume, da Universidade de Basileia, na Suíça, em nota.

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Esse “jetlag social” é a diferença entre o tempo de sono dos finais de semana – quando normalmente dormimos e acordamos mais tarde – e a dos dias de semana – quando normalmente é preciso dormir e acordar cedo. Durante a quarentena, essa diferença diminuiu, já que os dias e finais de semana parecem quase a mesma coisa.

Outro estudo feito com 139 estudantes dos Estados Unidos relatou um aumento ainda maior no tempo de sono dos universitários: quase meia hora a mais. Antes da pandemia, apenas 84% deles conseguiam dormir o mínimo recomendado de sete horas por noite. Agora, com as aulas online, a porcentagem subiu para 92%.

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Esse tempo extra de repouso é a provável causa daqueles sonhos bizarros que você vem tendo. Os sonhos mais vívidos acontecem na fase REM do sono, que em inglês significa “movimento rápido dos olhos”. Essa fase dura de 90 a 120 minutos e pode acontecer mais de uma vez ao longo da noite – quanto mais tempo dormindo, mais ciclos REM e, consequentemente, mais sonhos. 

Mas nem sempre esses sonhos são agradáveis. O novo coronavírus é o principal tema dos noticiários, redes sociais e conversas, então é natural que ele apareça na forma de pesadelos também. Você pode conferir a iniciativa “Eu sonho com Covid” para ler alguns relatos de pessoas que tem sonhado com temas relacionados à pandemia.

Apesar dos dados preliminares indicarem uma tendência, os pesquisadores do sono estão só iniciando os estudos sobre a pandemia. O Estudo Internacional de Sono da Covid-19 (ICOSS, na sigla em inglês) vai reunir pesquisas da China, Finlândia, Canadá, Estados Unidos, França, Alemanha, Áustria, Japão, Hong Kong e Noruega. O objetivo é analisar o impacto do distanciamento social no sono, assim como a ansiedade, depressão e o estresse causados pela pandemia.

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Para tentar melhorar a qualidade do sono, as recomendações permanecem as mesmas para tempos com ou sem pandemia: praticar exercício físico, se alimentar bem e pegar sol – mesmo que seja da varanda.

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