No fim do ano vários satélites artificiais vão cair. Para que não caia também, a desativada estação espacial soviética Saliut 7 provavelmente será destruída no espaço. E aqui na Terra o clima poderá ser afetado. Tudo isso porque está para começar no Sol um período de intensa atividade que só deveria ocorrer em 1992. De fato, de onze em onze anos, aproximadamente, aumenta a radiação solar, que se manifesta no espaço como um portentoso vento. Por isso, pequenos artefatos em órbita da Terra, como os satélites, ou mesmo uma estação espacial, acabam empurrados para a destruição contra a atmosfera terrestre, como aconteceu em 1979 com Skylab americano.
A radiação mais intensa do Sol pode também mexer com o clima, embora não se saiba como ela vai se manifestar. “Mas isso não impede que as pessoas tomem sol normalmente”, tranqüiliza o astrônomo Oscar Matsuura, da USP. Os astrônomos conseguiram prever a antecipação do ciclo ao observar o movimento das manchas solares e o aumento do tamanho das ondas de rádio emitidas pelo sol. Agora, uma série de procedimentos poderá evitar grandes prejuízos: os satélites muito caros serão postos em órbitas mais distantes do campo de ação gravitacional da Terra. É, para evitar nova catástrofe da retomada dos lançamentos dos ônibus espaciais americanos – prevista para agosto -, os astronautas entraram em órbita com um impulso maior, propiciado por um tanque extra de combustível.