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Seguir um amigo de carro faz a viagem ficar mais perigosa

Nada de deixar que te mostrem o caminho: para não perder o veículo de vista, o motorista presta menos atenção na estrada e faz manobras mais arriscadas

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jun 2017, 19h45 - Publicado em 23 jun 2017, 19h32

Se você já viajou de carro para um lugar desconhecido, provavelmente deve ter ouvido a frase: “Me segue que eu conheço o caminho”. Na hora, a camaradagem parece a solução ideal. Mas a ciência acaba de comprovar que a ideia não é tão boa assim.

Um novo estudo realizado pela Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, comprovou que motoristas que seguem outro veículo ficam mais propensos a fazer manobras arriscadas e se acidentar. A pesquisa foi inspirada em um processo judicial em que houve um grave acidente envolvendo um carro que seguia outro. Até então, não havia nenhuma certificação científica de que a prática pudesse ser perigosa.

Para isso, os cientistas fizeram simulações com jovens com carteira de habilitação entre 18 e 22 anos. Na primeira etapa do experimento, pediram que eles dirigissem como quisessem, para mapear o comportamento básico deles como motoristas. Em seguida, compararam a conduta padrão no trânsito à forma como dirigem quando estão usando um sistema de navegação (GPS) e seguindo outro motorista.

“Nós observamos que as mudanças de comportamento quando um motorista segue outro aumentam a probabilidade de acidentes”, afirma o professor de sistemas de engenharia humana, Robert Gray, na divulgação da pesquisa.

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Os cientistas perceberam que quando alguém segue outro veículo, o motorista dirige mais rápido, faz curvas com menos cuidado e chega muito próximo ao carro da frente se comparado a quando dirige em condições normais ou com GPS. Além disso, está mais propenso a passar em sinais vermelhos e cortar a passagem dos pedestres que atravessam a via. Eles atribuem esse comportamento arriscado à desatenção causada pelo medo de se perder.

Nenhuma lei foi burlada para chegar a essas conclusões. O experimento foi realizado por um simulador com 300º graus de visão para evitar que a piora de comportamento na estrada contagiasse outros motoristas e causasse danos reais – geralmente, se alguém quebra regras de trânsito, as pessoas próximas tendem a ser influenciadas e cometem os mesmos erros.

Na dúvida, não confie tanto no “me segue que eu conheço o caminho”. Para ter uma viagem segura e tranquila, você pode estudar o mapa da região, colocar o destino no GPS ou dar uma carona para seu amigo – e ganhar um copiloto que conhece cada curva da estrada.

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