Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Ser magro nos anos 80 era muito mais fácil

E a ciência pode provar isso. Entenda porque, hoje em dia, perder peso é uma tarefa muito mais complicada do que há 30 anos

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 4 nov 2016, 19h00 - Publicado em 13 out 2015, 20h30

Um estudo conduzido pela Universidade York, no Canadá, encontrou uma relação direta entre o peso de uma pessoa e a época em que ela vive. Os cientistas conseguiram provar que, atualmente, as pessoas estão em média 10% mais pesadas que nos anos 80 – seguindo a mesma dieta e exercícios.

A pesquisa examinou dados da alimentação de 36.400 americanos entre 1971 e 2008, além dos dados sobre atividade física de 14.419 pessoas, entre 1988 e 2006. Três fatores garantiram um resultado acurado: os exercícios, as calorias e a quantidade de macronutrientes ingeridos (gordura e proteínas, por exemplo) foram iguais nos períodos estabelecidos.

Leia mais:
Cientistas querem desenvolver bebida que substitua exercícios
Por que achamos que ser magro é bonito?
Obesidade já mata mais gente do que fome

 

obesidade

Continua após a publicidade

Em entrevista, uma das pesquisadoras, Jennifer Kuk disse: “Nosso estudo sugere que se você tem 40 anos agora, teria que comer ainda menos e se exercitar mais do que faria com 40 anos em 1971, para previnir ganho de peso”. Ela ainda completou “Contudo, isso também indica que podem existir outras mudanças específicas contribuindo para o crescimento da obesidade além de só dieta e exercícios.”.

Os motivos para essa diferença ainda não estão claros, mas Kuk acredita em três possibilidades. Primeiro, as pessoas hoje estão mais expostas a produtos químicos que podem gerar ganho de peso. Pesticidas e até substâncias em embalagens de comida podem alterar nosso processo hormonal. Segundo, o uso de remédios prescritos aumentou drasticamente desde os anos 70 e 80. Alguns antidepressivos, por exemplo, já foram relacionados ao aumento de peso. Por último, pode ser que o microbioma humano (as bactérias do nosso corpo) esteja sendo alterado. A população come mais carne, e muitos animais são tratados com hormônios de crescimento para o abate. Esses hormônios, que ingerimos indiretamente, podem alterar as bactérias do intestino, e essa alteração pode resultar em ganho de peso e obesidade.

A cientista ainda completa que a sociedade deveria ter mais respeito com quem não consegue perder peso, porque existem vários fatores que podem influenciar isso. Ela comenta: “Obesos são julgados como preguiçosos e auto-indulgentes. Esse não é o caso. Se a nossa pesquisa estiver correta, você precisa comer ainda menos e se exercitar ainda mais.”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.