Sob o assoalho do inferno: rochas fluidas
Pesquisadores americanos cavaram um poço de 2 quilômetros e alcançaram as rochas fluidas que existem além das mais profundas rochas rígidas.
A despeito de intensa busca, desde os anos 50, ninguém havia ainda tocado nas rochas fluidas que existem além das mais profundas rochas rígidas. Mas, em janeiro passado, um poço de 2 quilômetros alcançou as primeiras amostras desse submundo, num ponto do leito do Oceano Pacífico, em que a crosta rígida é muito “fina” (tem 6 quilômetros de espessura sob o oceano e 100 quilômetros sob o continente). O feito encantou a pesquisadora Kathryn Gillis, do Instituto Oceanográfico Woods Hole, em Massachusetts, Estados Unidos. “O que me espanta é só agora conseguimos chegar às rochas.” Outra proeza foi a imagem de alta qualidade de um local onde a massa fluida vaza por fissuras da crosta, esfria e endurece, acrescentando novo pedaço de casca dura ao planeta.