Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Abril Day: Super por apenas 4,00

Sobre escalar montanhas e explorar o Universo – Carta do Editor

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 jul 2008, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h46
  • Sérgio Gwercman, redator-chefe

    A maior parte dos astrônomos sempre teve certeza de que há vida fora da Terra. Uma certeza mais baseada na lógica do que em dados concretos – faz mais sentido existir do que não existir. A novidade mostrada pela nossa reportagem de capa, assinada por Pedro Burgos, é que nos últimos anos as pesquisas revolucionaram o que conhecemos sobre o espaço. De descoberta em descoberta, soubemos da existência de gelo em Marte, de planetas parecidíssimos com a Terra, ficamos mais próximos dos extraterrestes. Como foi que conseguimos isso? Ora, torrando uma fortuna! Só pelas mãos da Nasa, já mandamos mais de US$ 600 bilhões para o espaço.

    A pergunta a seguir, portanto, é inevitável: essas descobertas, elas servem pra quê? Curam o câncer? Acabam com a fome no mundo, a sujeira da baía de Guanabara, a crise do Corinthians? A resposta é não. Elas não resolvem nada disso. Até ajudam a desenvolver a indústria aeroespacial, os satélites, quem sabe um dia nos levem a outros planetas e nos salvem da hecatombe ambiental da Terra. Mas o grande valor das pesquisas espaciais está em outro ponto: no simples exercício da curiosidade humana, na busca pela resposta de questões que, ao menos aparentemente, não servem para nada. Uma história contada pelo escritor japonês Haruki Murakami que traduz perfeitamente essa procura. É mais ou menos assim: 3 homens foram deixados na encosta de uma montanha. Eles deveriam subi-la e encontrar um lugar para morar para sempre. Quem parasse não poderia subir mais. Eles subiram, subiram, até que o primeiro disse: aqui tem um rio, árvores com frutas e bichos para caçar. Fico. Os outros continuaram até que o segundo se cansou. Viu castanhas, algumas aves e achou que estaria bem por lá. O terceiro não parou até que chegou ao topo da montanha. A vista era incrível. Mas só havia musgos para comer e gelo para matar a sede. A moral da história: talvez o homem que parou primeiro tenha sido o mais feliz, com o rio, a carne e as frutas. Mas, para algumas pessoas, conhecer o desconhecido é imperativo, uma necessidade.

    Muitas dessas pessoas abraçam a ciência. E é por isso que estamos no espaço.

    Um grande abraço.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas

    ABRILDAY

    Digital Completo

    Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
    Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    ABRILDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.