Com menos estardalhaço do que no ano passado, quando renderam até um Prêmio Nobel de Física (para a dupla Alex Muller e Georg Bednorz, da IBM suíça), as pesquisas com supercondutores continuam produzindo resultados. A meta é sempre a mesma: tirar do forno uma cerâmica capaz de conduzir eletricidade sem perdas a temperaturas cada vez mais altas. Em 1987, o professor Paul Chu, da Universidade de Houston, Estados Unidos, obteve supercondutividade à temperatura recorde de menos 175 graus centígrados, trabalhando com o composto de cobre, ítrio e bário usado por Muller e Bednorz.
Recentemente, o mesmo Chu anuncio uma cerâmica supercondutora a menos 159 graus, feita de materiais muito comuns, como bismuto, alumínio, estrôncio e cálcio o que facilitará a sua produção em grande escala. Por sua vez, pesquisadores do Argone National Laboratory, também nos Estados Unidos, fabricaram o primeiro motor elétrico baseado nos supercondutores de alta temperatura. Trata-se de um prato de alumínio de 20 centímetros, dotado de 24 ímãs, que gira sobre dois discos de cerâmica supercondutora graças aos seus fortíssimos campos magnéticos o mesmo princípio do projeto Maglev, o trem japonês que flutua no ar. O motor produz uma quantidade de energia ínfima demais para ter algum uso prático. Isso se espera alcançar em dez anos, aproximadamente.