Os maiores vulcões em atividade são meros brinquedos de criança se comparados com a caldeira hoje adormecida no Parque de Yellowstone, nos Estados Unidos. “O vulcão está quieto, mas achamos que pode voltar à ação“, diz Bill McGuire, da Universidade College de Londres, na Inglaterra. Se isso acontecer, sai de baixo. Sua capacidade de destruição é tão grande que poderia até acabar com a civilização. McGuire diz que em Yellowstone o subsolo está inflando e elevando o nível do chão, o que talvez seja indício de atividade. Mas não há, por enquanto, razões para pânico. “A cratera dará sinais bem mais intensos anos antes de voltar à ativa“, tranqüiliza McGuire. O despertar do monstro pode levar um ano, dez milênios ou não acontecer nunca. Mas os geólogos descobriram que no passado a região sofreu megaerupções em ciclos de 600 000 anos. E faz mais ou menos 600 000 anos que ocorreu a última.
Perigo sob a terra
Uma piscina de rocha derretida, sob o parque americano de Yellowstone, pode explodir.
Embaixo desta área há um supervulcão que, após lançar toneladas de lava ao ar, milhares de anos atrás, deixou um vazio sob o solo e o chão cedeu. Por isso, em vez de uma montanha, restou uma depressão.
Hoje há uma piscina de cerca de 60 quilômetros de rochas quentes que subiram de uma camada mais profunda da Terra, o manto, e se acumularam poucos quilômetros abaixo da superfície.
Fortes terremotos podem abrir caminho para que a lava finalmente rompa a crosta. Daí, o vulcão se tornaria ativo e ficaria assim por meses.
Uma nuvem de poeira se espalharia pelo planeta encobrindo o Sol.
A temperatura da Terra cairia até 10 graus Celsius. A humanidade poderia se reduzir a alguns milhares de sobreviventes.