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12 marcos culturais que fazem 10, 20 ou 30 anos em 2019

Quatro Estações, do Legião, faz 30 anos em 2019. Jar Jar Binks, 20. E Lady Gaga já é música clássica.

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 out 2020, 17h32 - Publicado em 26 dez 2018, 13h30

Há 30 anos

Batman, de Tim Burton

Michael Keaton parecia frágil e ordinário demais para interpretar Bruce Wayne, ainda mais no primeira produção hollywoodiana com o herói da DC. Mas a contradição estética ornou bem com a tinta surrealista de Tim Burton (que ainda não tinha 30 anos quando filmou Batman, e depois dirigiria Edward Mãos de Tesoura, O Estranho Mundo de Jack, Alice no País das Maravilhas, Peixe Grande…). Tudo deu tão certo que o filme fez US$ 835 milhões de bilheteria, em valores de hoje, e serviu de precursor para a multibilionária indústria de filmes de super-herói do século 21.

A atuação de Jack Nicholson como Coringa foi celebrada na época. Só tem um detalhe. Depois que o australiano Heath Ledger (1979- 2008) recriou o personagem numa versão mais sombria, em O Cavaleiro das Trevas, de 2008, a atuação de Nicholson pareceu bem menos brilhante. De fato: lá atrás, Nicholson não fez muito mais do que imitar o Coringa comédia de Cesar Romero, que fazia o vilão na série de TV do Batman, de 1966.

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As Quatro Estações, do Legião Urbana

Antes de cada seção de Batman começar, surgia Renato Russo nos trailers avisando as crianças da platéia que “parece cocaína, mas é só tristeza”. É que, pelo menos em alguns cinemas de São Paulo, passava este clipe aqui em cima, o de Há Tempos antes dos filmes no final de 1989. Era uma das peças promocionais de As Quatro Estações – ainda não havia MTV, que só surgiria alguns meses depois, já em 1990.

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O álbum também tinha Pais e Filhos, talvez o maior clássico da banda; Monte Castelo, cuja letra misturava Camões e o Novo Testamento; e Meninos e Meninas, em que Renato Russo (1960-1995) fala abertamente de sua bissexualidade, num tempo em que nenhuma personalidade pública tratava do assunto.

O disco vendeu 2,6 milhões de cópias, e impulsionou todos os os outros álbuns do Legião – os que já tinham saído e os que viriam a sair. Isso transformou o grupo no segundo maior fenômeno da história do rock brasileiro, com 25 milhões de álbuns vendidos – o maior segue sendo Rita Lee, que, com 55 milhões, vendeu mais que a Xuxa (50 milhões) e só perde para Roberto Carlos (120 milhões) e Nelson Gonçalves (75 milhões) no ranking geral. Há 30 anos, aliás, Rita Lee fazia uma participação especial em outro fenômeno da cultura pop nacional. Este aqui:

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Top Model, de Walther Negrão e Antônio Calmon 

Rita fez a bruxa Belatrix, uma das ex-mulheres de Gaspar Kundera, o surfista quarentão que vivia em frente à praia com os filhos John Lennon, Jane Fonda, Ringo Starr,  Elvis e Olívia (Newton-John). A novela de Wather Negrão e Antônio Calmon marcou por dar destaque a dramas adolescentes (dos filhos de Gaspar e seus amigos) – bem antes de Malhação e da avalanche de séries gringas.

O centro da narrativa, de qualquer forma, era convencional. Girava em torno da carreira de Duda (Malu Mader), a “top model” do título da novela. O tema espelhava bem o mundo de 1989, quando Cindy Crawford e Naomi Campbell elevaram o status das modelos de passarela a um patamar inédito de celebridade. O termo “top model” seria mais tarde inflacionado para “über-model” – termo criado para definir uma modelo que parecia mais relevante que todas as outras juntas: Gisele Bündchen, que tinha 9 anos naquela época.

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Há 20 anos

  • A New York Magazine cunhava o termo “über-model” (“supermodelo” em alemão, que soa mais grandioso) para Gisele Bündchen.

  • “Bruce Willys está morto” era uma frase proibida em mesas de bar e saídas de cinema. Sim: já faz 20 anos que estreou O Sexto Sentido, que redefiniria o peso da palavra spoiller. O ano de 1999, diga-se, prolífico em lançamentos criativos: Clube da Luta, Matrix, Quero Ser John Malkovich, Beleza Americana, Magnólia, De Olhos Bem Fechados, O Grande Lebowski e Tudo Sobre Minha Mãe.

  • Jar Jar Binks também faz 20 anos, junto com Star Wars – Episódio 1. Ahmed Best, o ator que serviu de base para o boneco de computação gráfica, disse em julho de 2018 no Twitter que pensou em suicidar-se depois da repercussão negativa que o personagem gerou – repercussão um tanto exagerada para uma série de filmes que já tinha produzido os Ewoks.

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  • Nas disqueteiras dos Astras, Corsas e Gols Bolinha tocava Living La Vida Loca, de Ricky Martin, e a não menos vida lôca Mambo Number 5, de Lou Bega (A little bit of Monica in my life/A little bit of Erica by my side/A little bit of Rita is all I need/A little bit of Tina is what I see).
  • Os Raimundos lançavam seu último disco de inéditas antes de Rodolfo sair da banda: Só no Forévis (com Mulher de Fases e A Mais Pedida), que se tornaria o mais vendido deles (1,8 milhão de cópias).

Há 10 anos

  • Aposentaram a trema da língua portuguesa, as palavras “para” (preposição) e “para” (verbo “parar” na terceira pessoa do presente do indicativo) perdem o assento diferencial, abrindo as portas para aberrações frasais como “Brasil para para ver não-sei-o-quê”. Surgem palavras como “veem” (o antigo vêem, do verbo “ver”). E caiu um asteroide no elegante acento da palavra “asteróide”. O Novo Acordo Ortográfico tornou-se obrigatório – e ai de quem tivesse cometido o erro de alfabetizar-se antes dele.

  • Uh-la-lá: Stefani Germanotta, a Lady Gaga, lançava Bad Romance, hit de seu terceiro disco, The Fame Monster. A canção, que elevou o estrelato de Gaga à décima potência, é uma de suas várias parcerias com o sueco de origem marroquina Nadir Khayat, que atende pelo nome artístico RedOne. Nadir, que também compôs para Jennifer Lopez e Enrique Iglesias, já tinha trabalhado como produtor para Rod Stewart, U2 e Michael Jackson.

  • No cinema: Avatar, de James Cameron, inaugurava a era do iMax 3D. Crepúsculo já estava no segundo filme da “saga”. “Era do Gelo”, no terceiro. Harry Potter, no sexto. É. Passa rápido.

 

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