Cíntia Cristina da Silva
Como a maioria das pessoas, você pisca cerca de 15 vezes por minuto, o que dá uma média de 15 mil vezes por dia. Considerando que uma piscadela dura por volta de três décimos, dedicamos uma hora e 15 minutos por dia ao pisca-pisca. E, quanto mais nos concentramos, menos piscamos. Quer saber por quê? Respostas no capítulo “Penso, Logo Pisco” de A Ciência na Vida Cotidiana. O livro explica alguns fenômenos do dia-a-dia. Até mesmo a espuma branca do café fumegante ganha novo interesse após “Visões e Sons em uma Xícara de Café”. E, para continuar o assunto saboroso, o autor dedicou um capítulo às abelhas operárias que morrem não de velhice, mas por causa da distância percorrida durante a fabricação do mel. As pobres campeiras têm quilometragem limite. Gasta a milhagem, fim da vida – não importa se a distância foi percorrida em cinco ou 15 dias. Outras questões fundamentais analisadas: numa tempestade, é melhor correr ou andar para não ficar encharcado? Por que algumas pessoas produzem urina com odor diferente quando comem aspargos? Depois dessa, até o tedioso ato de bocejar se torna fascinante.
A CIÊNCIA NA VIDA COTIDIANA
Jay Ingram
Ediouro, 238 págs. R$ 34,90
Conhecimento vital
Explicações surpreendentes para perguntas inúteis
Quer ficar sozinho? Mostre a língua!
Mostrar a língua é uma maneira eficiente de as crianças mostrarem desprezo. Mas o artifício infantil também é usado por adultos. Uma pesquisa constatou que, quando estamos muito concentrados, costumamos mostrar uma ponta da língua, inconscientemente. Esse sinal funciona como um tipo de rejeição social e ajuda a manter as pessoas afastadas.
Caçada Coletiva
Adolescentes não são a única espécie que caça em bando os indivíduos do sexo oposto. Na verdade, algumas nem achariam parceiros sem a ajuda dos amigos. Os insetos, por exemplo. Qual a probabilidade de um deles ser localizado se estiver voando sozinho? Assim, o amor só existe se for em grupo: fêmeas identificam as nuvens de insetos e voam em direção aos machos.
Um ursinho de dar dó
Não é exagero: quando surgiram, no início do século 20, os ursinhos de pelúcia eram feios. Tinham focinhos longos e testa baixa. As alterações evolucionárias começaram quando especialistas descobriram, por volta de 1910, o formato da sedução: cabeça e olhos grandes, testa alta, bochechas e braços rechonchudos. Não por acaso, as mesmas qualidades que tornam os bebês graciosos.
Cartas de seis lados
Enquanto passeava em Amsterdã e, assim se supõe, por falta de coisa melhor para fazer, o filósofo René Descartes se entreteve com flocos de neve. Impressionou-se com a perfeição dos flocos com seis lados, todos diferentes uns dos outros. A temperatura e a umidade da neve explicam a singularidade. É a variação delas que formará blocos de neve com seis pontas ou então simples placas de gelo.