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Artista faz qualquer filme sob encomenda

Não importa se você quer ser mocinho ou bandido, Brock Enright faz o filme que você quiser por preços que vai desde US$ 10 mil e US$ 30 mil.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 24 mar 2011, 22h00

Alexandre Carvalho dos Santos

O artista Brock Enright faz aventuras sob encomenda. Pessoas batem à porta da empresa dele, a Videogame Adventure Services, querendo ser vítima, mocinho ou bandido em uma história mirabolante. Enright organiza a encenação. E o cliente, quando menos espera, se vê no meio de um cenário cheio de adrenalina, sustos e taquicardia. O preço do serviço? Em geral, entre US$ 10 mil e US$ 30 mil.

Como você cria uma aventura?
No primeiro contato, é importante que o cliente me fale sobre suas necessidades e desejos. Posso partir de uma vaga noção de fantasia que a pessoa me oferece e explorar aquilo até chegar a um cenário bem complexo, cheio de suspense. O cliente não sabe com antecedência o que a aventura vai ser. Só se vê um dia no meio dela, com atores encenando seus papéis, numa simulação de sequestro ou qualquer outra experiência que traria um grande risco se fosse verdadeira.

Como é o planejamento?
Uma experiência muito elaborada leva 6 meses para ficar pronta. Temos que estudar os hábitos dos clientes e organizar o trabalho de muita gente. Dependendo da trama, precisamos de umas 300 pessoas para a produção, entre atores e gente de apoio. Mas também há experiências que acontecem da noite para o dia, num esquema de emergência mesmo, como quando alguém encomenda uma aventura para um amigo que está deixando a cidade.

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A encenação às vezes é perigosa. Um casal que queria melhorar o casamento foi levado a uma floresta e saiu correndo no escuro, acreditando que seria pego por bandidos. Não há risco nisso?
Nós nos cercamos de garantias, principalmente quando a experiência envolve contato físico para valer. O cliente só se machuca se isso fizer parte do pedido. Como quando temos de criar uma luta de boxe, por exemplo. Num caso desses, usamos o mesmo tipo de contrato assinado pelos lutadores da luta greco-romana. [Os contratos dispensam a empresa da responsabilidade sobre ferimentos e morte.]

Tem gente que procura o serviço para curar um trauma ou uma depressão?
Sim, acontece muito. A experiência que oferecemos é uma ferramenta, você pode usá-la do modo que bem entender. Alguns clientes nos procuram para tratar uma tristeza profunda, outros estão atrás de uma palmada de leve. O resultado depende um pouco da pessoa também. É como visitar um museu. Uns vão só pelo passeio, outros ficam realmente tocados pelas obras de arte e saem de lá com a vida transformada.

De onde você tira ideias para os roteiros?
Minha maior inspiração é um livro que está na biblioteca que frequento. O livro não tem título, faz anos que o vejo lá, mas nunca abri. O desconhecido e a falta de sentido me dão inspiração.

Você considera esse trabalho uma forma de arte ou um serviço psicológico?

Os dois. Acho ótimo se puder ajudar alguém. Mas quero é oferecer uma plataforma para que as pessoas experimentem o mundo, tragam novos aspectos para o cotidiano. Hoje tudo é muito digital. Para você interagir em um mundo diferente, precisa olhar para uma tela. E o que estamos propondo é outra forma de experimentar esse mundo diferente, muito mais real.

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