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Bumba-meu-boi ironiza as relações raciais

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 31 dez 1997, 22h00

O que representa o bumba-meu-boi?

Era uma vez uma escrava chamada Catirina que estava grávida e teve um desejo atroz de comer língua de boi. Seu marido, Nego Chico, não queria matar uma rês do patrão. Mas Catirina disse que perderia o nenê se não comesse. Nego Chico matou o melhor boi do fazendeiro, que se enfureceu e mandou os índios darem uma tremenda surra de toalha no escravo. Aplicado o castigo, chegam curandeiros indígenas que receitam estranhos remédios ao infeliz – como cheirar o rabo do animal morto e dar três pulinhos. De quebra, ressuscitam o boi (lembre-se, isso é um mito). No final, o culpado é perdoado e todo mundo comemora. Esta é a história contada na festa do bumba-meu-boi, em geral celebrada em junho. Ninguém sabe muito bem quando surgiu, mas espalhou-se pelo Norte e Nordeste. “O primeiro registro é uma notícia de jornal do Recife, de 1840”, conta a antropóloga Maria Michol de Carvalho, pesquisadora do folclore em São Luís, no Maranhão, onde o evento é mais importante do que o Carnaval. No século XIX, só escravos celebravam e o tom da festa era caricato, ironizando os senhores e criticando a desigualdade das relações raciais. Por isso, chegou a ser proibida. Hoje, é reconhecida como uma das mais interessantes expressões culturais brasileiras.

O boi da cara preta

Entenda os símbolos da festa.

A estrela na testa serve para “iluminar” o caminho do boi.

O “couro” do boi é enobrecido com veludo preto. No século passado, era feito de papel.

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A barra que esconde os pés do dançarino balança com as evoluções.

Miçangas, pedras e bordados realçam a importância do boi mais bonito da boiada.

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