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“Cozinha Geek”, “Django Livre” e o “O Harém de Kadafi”

Confira essas e outras dicas de cultura

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 29 abr 2013, 22h00

Ana Prado, Luiz Romero, Fred Di Giacomo e Karin Hueck

1. Nerdice deliciosa
Quem é nerd de verdade consegue ser hacker até na cozinha. É isso que este livro quer ensinar. Jeff Potter, o autor, não é cozinheiro profissional – na verdade, estudou ciência da computação e artes visuais -, mas faz um ótimo trabalho ajudando tanto aqueles que não sabem cozinhar, quanto os que só querem entender melhor como as coisas funcionam por ali. O livro traz receitas, mas o foco é explicar a ciência por trás de cada uma delas. E tem ainda dicas de nutrição – porque, segundo o autor, a dieta só de pizza precisa acabar.

Cozinha Geek – Ciência real, ótimos truques e boa comida, Jeff Potter, Alta Books Editora, 436 páginas, R$ 81

Dicas do geek
– Quer quebrar um ovo? Bata-o na bancada da pia, não na borda da tigela. A casca quebrada na superfície reta terá pedaços maiores que não cairão dentro do ovo.

– A forma como o calor entra em um alimento faz a diferença. Fazer bife em uma grelha é mais rápido porque a energia é transferida diretamente. Por isso, ao grelhar, é preciso conhecer o ponto da carne, senão ela perde todo o suco (e sabor).

– Lave suas esponjas de cozinha e deixe-as por dois minutos em potência alta no micro-ondas para evitar contaminações.

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– Ao preparar ovos mexidos, tente fazer com o fogo muito baixo enquanto mexe continuamente. Leva um tempo para ficar pronto – de 15 a 30 minutos -, mas eles ficarão com a consistência de queijo ou creme.

2. O fim está próximo (de novo)
Em 2005, o pesquisador em segurança de computadores Dan Kaminsky descobriu uma falha no componente DNS (Domain Name System) da internet. A coisa era tão grave que, se a informação caísse em mãos erradas, toda a rede mundial poderia entrar em colapso. Com a ajuda dos maiores gurus em segurança, ele conseguiu uma solução temporária para o problema. Mas, em suas próprias palavras, “não há como salvar a internet. Há apenas como adiar o inevitável por um tempo”. Apavorado com a ideia de ficar sem internet? Pois esse é apenas um dos colapsos iminentes que o matemático John Casti lista neste livro. Há mais: panes no fornecimento de energia, pandemias globais, crises nucleares etc. E todas mostram o quão frágil é o nosso mundo.

O colapso de tudo, John Casti, Intrínseca, 352 páginas, R$ 20

3. O horror do horror
Quando a ditadura de Muamar Kadafi caiu, o Ocidente ficou chocado com o vídeo de seu violento linchamento. Por que tanto ódio contra aquele líbio excêntrico? Fica fácil de entender lendo este livro, um relato real de crianças, mulheres, homens (e até seus próprios ministros!) estuprados e torturados por Kadafi durante o seu governo. Sexo, para ele, era arma política. Não recomendado para quem tem estômago fraco.

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O Harém de Kadafi, Annik Cojean, Verus, 236 páginas, R$ 30

4. Zumbis no acelerador
Este filme de terror se passa no LHC, o grande acelerador de partículas na Suíça, e tem uma premissa, no mínimo, original. Nele, os recém-descobertos bósons de Higgs agem sobre as células humanas e transformam pessoas em zumbis – que começam a atacar os cientistas do acelerador. Criado, produzido e estrelado por físicos, o filme foi feito sob licença Creative Commons e custou apenas R$ 6 500. O resultado é tosco, engraçado e assustador ao mesmo tempo.

decayfilm.com

5. Museu de grandes novidades
O gif foi criado em 1987 e é até hoje o único formato de vídeo que roda em looping em qualquer plataforma. Os banners são de 1993 e rendem de US$ 0,05 a US$ 0,10 por clique. O Wi-fi foi inventado em 1997 e surgiu como consequência inesperada do trabalho de um astrônomo que procurava mini-buracos negros. A história da internet é tão fascinante quanto qualquer outra – e agora está aqui, compilada no primeiro museu da internet.

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thebiginternetmuseum.com

6. Os segredos de Django
Os filmes de Quentin Tarantino nunca acabam quando terminam. Existem dezenas de referências em cada um que valem uma segunda visita ao cinema. É o caso de Pulp Fiction e Kill Bill, com citações de western e filmes B, e também de Django Livre. O filme mostra a trilha que o escravo liberto Django (Jamie Foxx) e o caçador de recompensas King Schultz (Christoph Waltz) percorrem para tentar encontrar Broomhilda (Kerry Washington), a mulher de Django. Como sempre, Tarantino escondeu presentes:

O próprio Tarantino
Como Alfred Hitchcock, que às vezes aparecia nos próprios filmes, Tarantino faz uma ponta em Django. Spoiler: ele protagoniza uma das mortes mais legais da caçada.

A dublê da Noiva
Repare numa personagem que aparece com a cara escondida por uma bandana. Você provavelmente já viu essa atriz (Zoë Bell). Isso porque ela era a dublê de Uma Thurman em Kill Bill, papel que rendeu dois prêmios no Taurus, o Oscar dos dublês, e alguns ossos quebrados durante as gravações.

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O Django original
Assista a Django, um western de 1966 dirigido por Sergio Corbucci, que inspirou o filme de Tarantino. E repare quando Calvin Candie (Leonardo DiCaprio) aparece pela primeira vez em Django Livre. Nela, o Django de 2012 travava uma conversa com o de 1966, interpretado pelo ator Franco Nero.

DJANGO LIVRE, 18 de janeiro nos cinemas.

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