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Distrito C: polo criativo atrai negócios de todos os ramos

Conheça a iniciativa que fomenta uma grande efervescência de artistas e empresários

Por Abril Branded Content
Atualizado em 26 out 2020, 19h43 - Publicado em 21 dez 2017, 19h04

Em 2003, Jorge Piqué, fundador da UrbsNova – Agência de Design Social, conheceu um grupo de artistas e empreendedores que haviam se instalado no bairro Floresta, um dos mais tradicionais de Porto Alegre, mas que andava degradado. “Aquele conjunto formava um mix de atividades de muita qualidade em uma área esquecida da cidade”, conta Piqué, que, em sua agência, elaborou um projeto para dar mais visibilidade ao movimento de revitalização que ocorria ali. Nascia assim o Distrito Criativo, ou Distrito C.

O #hellocidades, projeto de Motorola que sugere um novo olhar para as cidades brasileiras e formas incomuns de ocupar o espaço urbano, está de olho nessa iniciativa que, apesar de ter uma longa história, segue movimentando a economia criativa na capital gaúcha.

“É a primeira e única iniciativa do tipo no Rio Grande do Sul”, diz Piqué, sobre o Distrito C. Segundo ele, hoje em dia há mais de 80 artistas e locais participantes, num território que também engloba o bairro de São Geraldo e partes do Independência e do Moinhos de Vento.

O escritor e músico Ricardo Silvestrin participa do movimento de revitalização do bairro Floresta desde antes da criação do Distrito C e explica que a intenção é ocupar o espaço urbano e cuidar dele. Pensando nisso, Silvestrin idealizou o Sarau da Janela. “Eu fiz três edições em que apresentava música e poesia nas janelas da minha casa para a plateia que via da calçada”, conta. Ainda não há previsão para a próxima edição do evento. A casa do artista também abriga o Itinerário Formação Literária, um curso que ele ministra para quem quer conhecer mais sobre a criatividade com a palavra.

Outra integrante da efervescência cultural do Distrito C é a cantora de música erudita Angela Diel. Em paralelo à sua reconhecida carreira, ela fundou, em 2009, a Casa da Música. Escolheu um sobrado na rua Gonçalo de Carvalho – a “rua mais bonita do mundo” –, na divisa entre os bairros Floresta e Independência, que desde então recebe intensa programação de recitais e aulas. “É um espaço para ouvir, aprender e fazer música”, define Angela Diel. Ela destaca que o local busca se integrar à comunidade, principalmente por meio da Associação de Amigos Casa da Música, que promove vivência musical para estudantes de escolas públicas da região e crianças em situação de vulnerabilidade social.

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Mas nem só de artistas se compõe o Distrito C. As empresas de tecnologia, inovação e economia criativa se beneficiam, desde o fim de 2015, de lei municipal que oferece benefícios fiscais para a instalação na área. “Já temos quatro anos de existência, geramos em torno de 600 empregos diretos e indiretos e continuamos crescendo”, afirma Jorge Piqué, listando algumas sugestões de passeios no Distrito C, como as Galerias Bolsa de Arte e Hipotética, que ficam no mesmo quarteirão, ou a padaria Dalmás (Rua Conde de Porto Alegre, 503), bem próxima às galerias.

Quem quer conhecer a região, mas não é empreendedor, pode começar pelo Vila Flores, um conjunto arquitetônico revitalizado a partir de 2012 e que funciona no regime de economia colaborativa. O espaço recebe atividades culturais, desenvolve projetos voltados à educação e congrega empreendedores criativos.

Bruno Bentes, da marca de vestuário Humanus, instalou-se ali em 2013, atraído pelo preço do aluguel. Mas não foi só isso. “O contexto social envolvido, com essa interação com a região e também com outros empreendedores e artistas gera uma oportunidade muito grande de diálogo e aprendizagem”, diz.

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Também dá para passar pelo Distrito C na hora do almoço ou da janta. Alguns estabelecimentos de gastronomia da região fazem parte dessa iniciativa. É o caso do MC Gastronomia (Rua Visconde do Rio Branco, 391), do restaurante Tempero Rosa (na mesma rua, no número 555), e do 4Beer Cerveja e Cultura (Avenida Polônia, 200), que une chope e diversas opções de comida.

Seja para empreendedores de criatividade ou apenas curiosos e interessados em conhecer o que Porto Alegre tem de melhor, o Distrito C está de braços sempre abertos. Tem alguma experiência relacionada a essa parte especial da cidade? Compartilhe nas redes sociais e use a hashtag #hellocidades. Reconecte-se com Porto Alegre no hub hellomoto.com.br.

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