Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Duolingo oferece aulas para dois idiomas ameaçados de extinção

Língua dos navajo e dos havaianos foram lembradas pelo serviço no Dia dos Povos Indígenas dos EUA

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 16 jan 2020, 15h43 - Publicado em 16 out 2018, 19h30

A língua é um dos maiores patrimônios de uma nação. Ela é considerada viva quando é usada por uma considerável quantidade de pessoas, o que faz com que ela se desenvolva e assimile mudanças com o passar do tempo — o velho exemplo do “vossa mercê” que virou “você” prova isso. Línguas mortas, como o latim, por exemplo, não sofrem modificações, são estáticas. Isso porque nenhum povo efetivamente usa esses idiomas para se comunicar no dia a dia.

Existem cerca de 7.500 idiomas distintos faladas em todo o mundo hoje, mas quase metade delas corre o risco de desaparecer. Essa ameaça existe justamente porque poucas pessoas as falam. Como aumentar a visibilidade desses dialetos, para que eles não morram? Marcando presença em serviços de aprendizado online.

Aplicativos de línguas estão se tornando grandes agentes de preservação para esses idiomas. O Duolingo, que possui mais de 300 milhões de usuários cadastrados, disponibilizou os dialetos navajo e havaiano. As duas línguas entraram na plataforma em 2018, no dia 8 de outubro, o Dia dos Povos Indígenas nos EUA.

Há alguns anos, o Duolingo começou a experimentar o uso da tecnologia para expandir a visibilidade de idiomas menos populares do mundo. Quando o app lançou seu curso de língua irlandesa, em 2014, havia apenas cerca de 100.000 falantes nativos de irlandês no planeta (a maioria dos irlandeses o tem como segunda língua, depois do inglês). Mas, hoje, cerca de 4 milhões de usuários da plataforma estão aprendendo esse idioma.

Continua após a publicidade

O navajo é falado por 150 mil pessoas, o que faz dele um dos maiores idiomas indígenas do mundo. Já a língua havaiana, Ōlelo hawai’i, tem cerca de mil falantes nativos, além de 8 mil pessoas que falam e entendem fluentemente. Ambas as línguas foram proibidas nas escolas americanas nos últimos séculos, o que contribuiu grandemente para o seu declínio.

Mas a Duolingo não é a única empresa que está tomando essa iniciativa. Há alguns anos, a Oxford University Press lançou um projeto chamado Oxford Global Languages, cujo foco é impulsionar idiomas “digitalmente sub-representados” — ou seja, aqueles que podem até ter muitos falantes, mas ainda possuem pouca relevância online. Sua equipe tem compilado e publicado dicionários digitais até para idiomas com muitos milhões de falantes, como hindi, malaio, indonésio e romeno.

Esses bons exemplos mostram como a tecnologia está sendo usada para preservar e reviver idiomas antigos. Afinal, preservar uma língua é manter viva boa parte da cultura de um povo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.