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Estética: vai um batom aí?

Dos índios da Amazônia aos punks londrinos, todo mundo adora se produzir

Por Spensy Pimentel
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 14 nov 1999, 22h00

Na busca de causar boa impressão, todos os recursos são válidos. Das próteses de silicone nos seios aos pés atrofiados das chinesas do período imperial – um símbolo de feminilidade, veja só -, a paixão pelos adornos está espalhada pelo planeta. Um dos primeiros a notar esse fato foi o biólogo inglês Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução, no século passado. Durante sua famosa volta ao mundo a bordo do navio Beagle, ele constatou uma “paixão universal pelo adorno”. Não por acaso, a palavra grega “cosmética”, que significa embelezar, vem de “cosmo” – a ordem universal. É que a beleza, para os gregos, estava associada à ordem.

Pinturas, tatuagens, piercings, brincos e até mutilações aparecem nas mais diferentes culturas. “Os adornos tribais e as mutilações não indicam somente beleza”, lembra Lisy Sallum, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. “Eles assinalam a posição social.” São como a gravata moderna ou as perucas nos tribunais ingleses.

Esse costume se manifesta até mesmo nas civilizações pré-históricas. No sul da África, arqueólogos acharam varetas de um material vermelho – uma mistura de óxido de ferro e gordura – com cerca de 40 000 anos. Acredita-se que fossem usadas para pintura corporal e facial. No túmulo do faraó egípcio Tutancâmon, de 3 000 anos de idade, foi encontrado, entre outros tesouros, um pote de hidratante para a pele, composto de gordura e de resina defumada. Para a escritora americana Camille Paglia, a polêmica autora de Personas Sexuais (Companhia das Letras, 1992), esses hábitos têm relação com o desenvolvimento cultural. “Os momentos supremos na história da civilização, como no antigo Egito, na clássica Atenas ou na Florença renascentista”, afirmou, “estiveram sempre acompanhados pela adoração da beleza.”

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