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Game of Thrones: como destruir um dragão de gelo

As únicas estrategias possíveis contra a arma mais perigosa na guerra entre os vivos e os mortos.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 out 2020, 20h18 - Publicado em 21 ago 2017, 20h02

O texto abaixo está repleto de spoilers do que já rolou na série até agora.

Com a morte de Viserion e sua ressurreição pelo Rei da Noite, aprender a matar dragões ficou importante para todo mundo, e não só para Cersei e Bronn, com seu escorpião atirador de superflechas.

O problema é que sabemos muito pouco sobre o novo tipo específico de dragão que surgiu no último episódio. Nos livros, dragões de gelo são parte dos contos de fadas da infância de Jon e Bran – e eles eram feitos, literalmente, de gelo, com neve caindo quando batiam as asas. Dentro da Muralha, inclusive, existiria um deste, adormecido. Mas o folclore não parece ter muito a ver com o que vimos no sexto episódio da sétima temporada, “Beyond the Wall”.

Já que estamos no escuro, para eleger as melhores formas de derrotar o novo dragão do Rei da Noite, precisamos analisar duas coisas: 1) as vulnerabilidades de um dragão vivo e 2) as vulnerabilidades de um Caminhante Branco e seus wights, os mortos reanimados por eles.

Primeiro, como matar um dragão

Dragões são impressionantemente difíceis de matar – por isso, na era pós-Aegon, o Conquistador, quando os dragões começaram a ser extintos, grande parte das pessoas só prendia os bichos e os deixava para morrer. Ovos acabaram fossilizados, como os de Daenerys na primeira temporada, e o mundo ficou livre das feras.

A única coisa que sabemos de fato é que as espadas dos Caminhantes Brancos matam dragões bem melhor que qualquer arma humana. É bom lembrar que elas têm propriedades especiais – quiçá mágicas – que fazem com que quebrem espadas comuns ao menor contato. Provavelmente este aspecto sobrenatural as torna mais eficientes para atingir os dragões, como vimos no domingo.

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Fora este momento recente de armas congeladas, a história também tem um pouco de informação a oferecer. Durante o reinado da Dinastia Targaryen, 18 dragões foram mortos em batalhas. Só 8 deles pereceram por causa de humanos. O primeiro, inclusive, com uma arma que já vimos antes – o escorpião que Bronn tentou utilizar para matar Drogon e salvar Jaime Lannister.

Qyburn, Mão da Cersei, deixou claro: há formas de atravessar as escamas resistentes e os ossos de aço usando uma lança afiada em alta velocidade, de metal normal. O importante é saber onde.

A boca não funciona. Já diz a sabedoria popular de Westeros que “a morte sai da boca do dragão, mas não entra por ela”. É possível que, lá dentro, qualquer metal se funda e acabe inútil. O pescoço é vulnerável, como vimos. Outro lugar certeiro é o olho: o primeiro dragão a ser morto por um humano na história de Westeros, Meraxes, foi acertado nas vistas e faleceu na hora.

Outro dragão, Vermax, morreu afogado, depois de ficar preso no mar. Alguns outros foram presos em Porto Real e atacados por uma multidão revoltada de plebeus (que morreram aos montes, mas levaram os bichos junto).

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Restam, na nossa conta, dez dragões. Estes foram mortos por… outros dragões . Por isso que a Guerra Civil foi chamada de Dança de Dragões. A espécie é boa de fratricídio.

Depois, como derrotar Viserion-Zumbi

Mesmo sabendo como matar um dragão comum, nada garante que esses métodos funcionem contra o novo Viserion. O bicho é uma categoria inédita, para a qual as regras não estão claras.

Basta revisar as “espécies” do exército além da Muralha: temos o Rei da Noite e seus comparsas azuis, que são Caminhantes Brancos. O primeiro deles foi criado com um golpe no coração pelas Crianças da Floresta – e, a partir daí, começou a criar outros White Walkers de olhos e pele azuis. O processo se dá quando ele toca seres humanos vivos, como os bebês de Craster (lembra? Vimos um deles sendo transformado na quarta temporada da série).

Todos os Caminhantes Brancos podem “ressuscitar” pessoas que morreram além da Muralha, que se tornam wights, ou zumbis. Esses zumbis são burros, desajeitados e “acordam” no mesmo estado em que morreram – ou seja, se já estiverem putrefatos, é assim que ficarão. Quando os olhos não apodreceram, eles também ficam azuis, ainda que isso seja esquecido na série. Eles não precisam ser tocados para ressuscitarem.

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O ponto é: seria Viserion um Caminhante Branco ou um mero wight? Já vimos animais zumbis antes, que não precisaram ser tocados para ressuscitarem. Já o dragão foi carregado por correntes e tocado pelas mãos do Rei da Noite para acordar. Ele não se encaixa nas regras a que estamos acostumados – o que torna bem mais difícil derrotá-lo.

Mas nem tudo está perdido. A primeira alternativa é vidro de dragão e aço valiriano. Eles matam tanto Caminhantes Brancos quanto wights.

A estratégia número 1, portanto, seria ajustar lanças de vidro de dragão ao escorpião de Qyburn e rezar por uma pontaria tão precisa quanto a do Rei da Noite.

A estratégia número 2 são, é claro, os outros dragões: se eles são bons em matar a própria espécie, veremos como lidam com o dragão de gelo.

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A última estratégia que é possível pensar, até o momento, é Dragonbinder. A famosa trombeta também faz parte da mitologia de Westeros – seria um artefato mágico, capaz de controlar dragões, que pertenceria a Euron Greyjoy. Se a trombeta funciona para dragões vivos, não há porque não funcionar para aqueles que passaram dessa para a melhor (e retornaram).

Bônus: nos livros de George R. R. Martin, a Cidadela, onde Sam estudava, abriga livros secretos. Um deles seria a última cópia existente de Fire and Blood, uma enciclopédia que traz todas as informações sobre dragões – como alimentá-los, controlá-los e, finalmente, como matá-los. Se há uma obra em todo o continente com informações sobre os bichões de gelo, é esta. E nos livros, quem está prestes a colocar as mãos nela? Ninguém menos que Jaqen H’aghar, ex-mentor de Arya Stark.

Com os rumos que a série tomou, é difícil imaginar que esses dois se encontrem no futuro, muito menos que se unam para unir recursos e informações… Mas a esperança é a última que morre.

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